Órgãos infectados com HIV: dois suspeitos são presos no RJ

Duas pessoas foram presas nesta segunda-feira (14), suspeitos no caso de transplantados que receberam órgãos infectados por HIV no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

A Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a primeira fase da "Operação Verum" nesta segunda-feira (14). O objetivo é identificar os responsáveis pela emissão de laudos falsos, que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV para seis pacientes. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos.

Segundo a Secretaria, duas pessoas foram presas durante a operação. Um dos presos seria o médico ginecologista Walter Vieira. Ele é sócio e seria o responsável técnico do laboratório PCS Lab Saleme, que assinou um dos laudos com o falso negativo.

As investigações indicam que os laudos usados pelas equipes médicas foram falsificados por um grupo criminoso. As equipes teriam sido induzidas ao erro e ocasionou a contaminação dos pacientes.

"Determinei imediatamente a instauração do inquérito, atendendo a determinação do governador para que os fatos fossem investigados com maior rigor e rapidez. Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade"
Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro

Relembre o caso

Seis pacientes que receberam transplantes de órgãos foram infectados com o vírus HIV no Rio de Janeiro. Os casos foram descobertos após um paciente, que havia recebido um coração nove meses antes, apresentar sintomas neurológicos.

Exames feitos nos doadores apresentaram "falso negativo". Os testes foram realizados pela PCS Lab, de Nova Iguaçu (RJ). O laboratório foi contratado em caráter emergencial pela SES-RJ em dezembro do ano passado. Novos exames feitos pelo Hemorio comprovaram, porém, que as amostras estavam infectadas com HIV.

Laboratório foi interditado e 'não funciona mais' no Rio. Todos os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio, disse Claudia Maria Braga de Mello, secretária de Saúde do estado, em entrevista à BandNews FM. "Temos o compromisso de manter toda a qualidade que sempre tivemos. Foi um caso sem precedentes", acrescentou.

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