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Corpos de pai e irmão de atirador são enterrados em Novo Hamburgo (RS)

Os corpos do pai e irmão do atirador de Nova Hamburgo (RS) foram enterrados nesta quinta-feira (24).

O que aconteceu

Eugênio Crippa, 74, e Everton Luciano Crippa, 49, foram sepultados em São Leopoldo. O corpo do atirador, identificado como Edson Fernando Crippa, 45, também foi enterrado na mesma cerimônia.

O velório teve início às 7h, na funerária Pereira, no bairro Feitoria. "Foi algo completamente inesperado", disse a irmã de Eugênio, em entrevista ao jornal Zero Hora.

A tia disse que Edson era tranquilo, apesar das questões de saúde mental. Ele já havia sido internado quatro vezes por questões relacionadas a esquizofrenia, mas não tinha nenhuma anotação criminal na sua ficha, afirmou a prefeita da cidade, Fátima Daudt (MDB), em entrevista ao UOL News na quarta-feira (23).

Edson Crippa foi morto pela Brigada Militar após um cerco policial contra ele que durou cerca de nove horas. Crippa tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e tinha quatro armas em seu nome.

Mãe e cunhada do atirador seguem internadas. Elas têm estado de saúde estável, que ainda exigem cuidado das equipes médicas, informou o Hospital Centenário de São Leopoldo ao UOL.

Relembre caso

Edson Crippa matou o pai, o irmão e um brigadista militar entre a noite da terça (22) e a manhã da quarta-feira (23). Forças de segurança cercaram a casa deles em Novo Hamburgo e, após mais de nove horas de tentativas de negociação, o homem teve morte confirmada por médicos do Samu.

Mortos foram identificados como Eugênio Crippa, 74, o irmão dele, Everton Crippa, 49, e o agente da Brigada Militar Everton Raniere Kirsch Junior, 31. O brigadiano deixa esposa e um filho recém-nascido, com 45 dias.

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Rodrigo Weber Volz, 31, foi atingido três vezes e também morreu. Ele ficou internado em estado gravíssimo na UTI do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, mas não resistiu. Volz deixa a esposa.

A morte foi confirmada pela Brigada Militar e pelo hospital nesta quinta-feira (24). O governador Eduardo Leite (PSDB) lamentou ter perdido "mais um herói" nessa "tragédia brutal". "Um homem que honrou ao limite seu juramento de proteger a sociedade, mesmo com o risco da própria vida. Toda solidariedade aos familiares do Rodrigo, à sua esposa Aleissa, também soldado da BM, e à família brigadiana nesse momento de dor irreparável", escreveu.

Ataque aconteceu após pai de Edson chamar a polícia para denunciar agressões do filho. Segundo os brigadianos, tiros foram disparados de forma inesperada pelo homem quando eles conversavam com as vítimas no portão da residência.

Atirador tinha histórico de esquizofrenia e usou as próprias armas, legalizadas, para o ataque. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, mais de 300 munições foram encontradas na casa de Edson e a polícia investiga se ele teria planejado a situação, já que estoque de água e isotônicos foram achados na casa.

De forma inesperada e totalmente agressiva ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência dele. Diante desses disparos que ele efetuou, outras guarnições se deslocaram em apoio.
Tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar

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Governador lamenta mortes. Em publicação nas redes sociais, Eduardo Leite afirmou que segue em contato com o secretário de Segurança, Sandro Caron, para acompanhar os desdobramentos da ocorrência.

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