Empresário é preso por suspeita de golpe de R$ 260 milhões a 10 mil vítimas

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (7) a Operação Profeta, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes a cerca de 10 mil pessoas.

O que aconteceu

O empresário Rodrigo Reis foi preso preventivamente. Outros 10 mandados de busca e apreensão são cumpridos pela PF no Rio de Janeiro, Barueri (SP), Guarulhos (SP), Cajamar (SP) e Salto (SP). A justiça também determinou o sequestro de bens e valores, que chega a mais de R$ 260 milhões.

Suspeito com mais de 81 milhões de seguidores no Instagram usava religião para atrair mais vítimas e cultivar a confiança das pessoas. Segundo a PF, método era usado em esquema financeiro fraudulento.

Grupo teria se apropriado de valores aplicados por elas na RR Investimentos, empresa na qual Rodrigo Reis é CEO. 10 mil pessoas teriam sido lesadas pelo grupo, com um prejuízo total estimado em R$ 260 milhões.

Após captar os investimentos, o grupo criminoso teria enviado os valores para o exterior, sem o conhecimento das vítimas, por meio de corretoras de criptomoedas. Eles são investigados por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, além de exercer a atividade de administrador de carteira no mercado de valores mobiliários sem a devida autorização, organização criminosa transnacional e lavagem de dinheiro por meio de ativo virtual.

RR Investimentos recebeu centenas de reclamações online. Na plataforma 'Reclame Aqui' foram feitas 285 publicações desde novembro de 2021 com diferentes queixas a respeito do serviço prestado.

'Especializado em enganar', diz um dos clientes. No último ano, as reclamações são relacionadas a falta de acesso aos investimentos: "faz mais de 1 ano que essa empresa não paga os rendimentos, e nem devolve o dinheiro investido", diz uma das publicações.

Cliente diz esperar pagamento há quatro anos. Na reclamação, a pessoa diz que "conhecia uma das cobras que trabalhavam nesse lugar" e pensava que receberia um "cuidado especial". "Claro que não foi assim. O mesmo segue viajando, seguindo a vida perfeita usando dinheiro de outras vítimas e não só o meu. (...) Mas uma coisa é certa, todos envolvidos nessa piramide deveriam pagar por tudo que fizeram. São 4 anos de espera", escreveu.

O UOL tenta localizar a defesa do empresário. O espaço segue aberto para manifestações.

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