Moradores fazem novo ato contra corte de árvores para obra de túneis em SP

Manifestantes fizeram neste domingo (10) um novo protesto contra a derrubada de mais de 170 árvores organizada pela Prefeitura de São Paulo para a construção de dois túneis na rua Sena Madureira, na zona sul.

O que aconteceu

É a terceira manifestação em três dias para chamar a atenção aos impactos socioambientais da obra. O ato deste domingo ocorreu na praça Lasar Segall, reunindo dezenas de pessoas. Na quinta (7) e na sexta (8), houve outros dois protestos. A vereadora eleita Renata Falzoni (PSB) chegou a ser carregada por GCMs, na quinta, após ela se recusar a soltar a árvore na qual estava agarrada.

Para manifestantes, obra é ilegal e desrespeita o Plano diretor e o Plano de Mobilidade Urbana. Segundo moradores, isso configura crime de responsabilidade.

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, disse que vai plantar mais árvores para compensar as derrubadas. Em entrevista neste sábado (9) na sede da Cufa no Parque Santo Antônio, também na zona sul de São Paulo, ele disse que os túneis vão reduzir o tempo dos carros no trânsito e criticou os ativistas. "Tem gente que quer ir lá fazer teatro."

O Ministério Público recomendou a interrupção das obras. O projeto prevê a a remoção de duas comunidades de baixa renda e a destruição de um corredor verde entre o parques Ibirapuera e da Aclimação. Mesmo após a recomendação, a Prefeitura de São Paulo seguiu cortando árvores. A gestão de Nunes alega que "aguarda decisão do Judiciário sobre o assunto".

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