MP pede prisão de policial que matou jovem negro com 11 tiros em SP

O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do PM Vinícius de Lima Britto, gravado matando em um jovem negro que furtou um supermercado na zona sul de São Paulo.

O que aconteceu

Liberdade do PM é "risco concreto à sociedade e à ordem pública". Em manifestação feita nessa quarta-feira (4), os promotores alegam que o investigado prejudicar a ordem processual do caso.

Acusação lembrou que a vítima foi baleada nas costas. "Indicando, portanto, dolo exacerbado e brutalidade", diz trecho do documento ao qual o UOL teve acesso.

Testemunhas podem ser intimidadas pelo policial, diz o órgão. A nota também aponta que um atendente da loja, ao prestar depoimento, deu uma versão diferente da mostrada nas câmeras de segurança. Para o promotor, isso pode sinalizar "intimidação do denunciado".

Policial cometeu outras mortes em circunstâncias semelhantes, afirmou MP. O órgão ressaltou que Vinícius é investigado por outras três mortes em 10 meses de atividade policial.

Se mantido em liberdade, certamente o denunciado causará temor às testemunhas.
Ministério Público, em manifestação pedindo prisão de PM que atirou em jovem negro

Relembre o caso

Gabriel Renan da Silva Soares foi morto por um policial militar de folga. Ele tinha 26 anos e foi baleado com 11 tiros na frente do OXXO da Avenida Cupecê, no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo, em novembro.

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Câmera de segurança gravou ação. Nas imagens, é possível ver que Gabriel foi baleado nas costas.

Loja funcionou normalmente após a morte. Em conversa com o UOL News, a tia de Gabriel, Fátima Taddeo, afirmou que o jovem foi tratado como "um saco de lixo".

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