Viúva de petista morto por bolsonarista: 'Disse que foi fazer brincadeira'
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Pamela Silva, viúva do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, morto pelo bolsonarista Jorge Guaranho em 2022, comemorou a sentença aplicada ao autor do crime cometido contra o marido durante entrevista ao UOL News, do Canal UOL, nesta quarta-feira (13). Segundo ela, o réu afirmou, no julgamento, que foi fazer apenas uma "brincadeira" com a vítima.
No primeiro interrogatório, ele [Jorge Guaranho] falou que foi lá para fazer apenas uma brincadeira. Uma brincadeira. Mas a brincadeira dele custou a vida do Marcelo. Pamela Silva, viúva do petista
Arruda morreu no dia 9 de julho de 2022, enquanto celebrava o seu aniversário ao lado de amigos, em Foz do Iguaçu (PR). A festa tinha com tema o PT (Partido dos Trabalhadores) — o guarda municipal era eleitor de Lula. Guaranho invadiu a festa aos gritos de "Bolsonaro" e "mito", segundo relataram testemunhas. O homem ameaçou os presentes e saiu. Depois, ao reencontrar Arruda, atirou no aniversariante, que também estava armado e revidou — mas não sobreviveu.
Nesta quinta, a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler aplicou a pena de 20 anos de prisão, no total, para o réu, conforme reportagem do UOL. Na decisão, a juíza citou que Guaranho utilizou uma arma da União para cometer crime. Ela ressaltou a intolerância política que o ex-policial penal demonstrou com as ações. Guaranho, que estava em prisão domiciliar, poderá recorrer da sentença.
Ao Canal UOL, Pamela citou a polarização política na região e comemorou a sentença.
O caso do Marcelo deixou evidente essa polarização em Foz do Iguaçu. Volta e meia, eu escutava que 'ele tinha que morrer mesmo', que 'ele procurou', algo extremamente agressivo. Mesmo o Marcelo morto, ainda tinham pessoas que achavam que aquela história não era bem assim aquela. Como não foi assim? Hoje nós conseguimos comprovar que não foi bem assim.
O crime não foi político, mas houve a motivação política. Houve um crime de homicídio e a motivação que levou o Guaranho até a festa de aniversário do Marcelo foi a motivação política, a oposição partidária. A política sempre foi construída no nível das ideias, não no nível da violência. Não se pode sacar uma arma e atirar. Não, isso não pode acontecer, isso é uma violência extrema. Precisa-se trabalhar a intolerância. Pamela Silva, viúva do petista
Arruda era casado e tinha quatro filhos. Ele era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz, tesoureiro do PT municipal e havia sido candidato a vice-prefeito. Era casado e tinha quatro filhos —entre eles uma menina de seis anos e um bebê de apenas um mês.
Josias: 'Zema exagera no ridículo ao comer banana com casca'
No UOL News, o colunista Josias de Souza afirmou que, ao comer banana com casca para criticar a inflação no governo Lula (PT), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), acerta o próprio pé e exagera no ridículo.
Como não dói, o governador de Minas Gerais fornece ridículo nas redes sociais com a mesma naturalidade que a bananeira dá banana. E, dessa vez, até o Zema escolheu o alvo certo. Ele é um oposicionista, ele mirou no nervo exposto do governo Lula, que é a carestia [encarecimento do custo de vida].
O problema é que mastigar banana com casca, a pretexto de criticar a inflação dos alimentos, ele acertou o próprio pé, né? Se o ridículo matasse, o governador ia precisar implantar várias pontes de safena no cérebro, né? Porque realmente ele exagerou no ridículo. Josias de Souza, colunista do UOL
Zema publicou um vídeo ontem em que aparece comendo uma banana com casca para "economizar" diante da alta de preços dos alimentos. Na gravação, o político diz que recorreu a uma nutricionista para saber se poderia ou não comer a fruta com a casca. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), não gostou da publicação e postou outro vídeo rebatendo o chefe do Executivo mineiro.
Assista ao trecho no vídeo abaixo:
Josias: Lula derramará petróleo sobre COP30 se demitir presidente do Ibama
No UOL News, Josias também afirmou que o presidente Lula (PT) caminhará na contramão de sua pretensão de fazer o Brasil um líder mundial na questão climática caso demita Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).
Já seria um prejuízo grande se o presidente do Ibama saísse voluntariamente. Se Lula demiti-lo, o prejuízo é maior ainda, com um eventual desdobramento. Como reagirá a ministra Marina Silva, que é a superior hierárquica do presidente do Ibama? Ela reagirá passivamente e ficará inerte diante de uma eventual exoneração? Josias de Souza, colunista do UOL
Lula criticou o Ibama e classificou como "lenga-lenga" o processo de licenciamento para exploração de petróleo na costa do Amapá. Servidores do órgão se irritaram com as declarações do presidente e citaram "interferência política" do petista no trabalho do instituto.
Assista ao trecho no vídeo abaixo:
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23 comentários
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Isabel Cristina Lopes
Impressionante é ele ainda estar respondendo em liberdade
Rene Massuo Wada
Infelizmente a intolerância não vai acabar. Tiraram a tampa e ela não cabe mais de volta. Todas os artigos sobre política interna e externa são recheados de comentários extremistas tanto da direita como da esquerda. Com raras exceções as pessoas não conseguem mais fazer comentários cordatos, educados, só comentando a notícia. Quem o faz já recebe uma resposta pessoal desqualificadora, irônica, xula, enraivecida.
Marcelo Agamenon Goes de Souza
AGORA LITERALMENTE FECHADA COM BOLSONARO. BOA ESTADIA NO PRESÍDIO.