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Covas diz que padre Júlio é 'incômodo necessário' para foco da prefeitura

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que concorre à reeleição - Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que concorre à reeleição Imagem: Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

16/09/2020 16h16

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou hoje que o trabalho do padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua de SP, é um "incômodo necessário" para a prefeitura.

"[O trabalho do padre Júlio é] um incômodo, mas um incômodo necessário para que a prefeitura não perca o foco de atender bem essa parte da população", disse Covas em uma entrevista concedida ao jornal El País Brasil.

Covas, que é candidato a reeleição, também falou que não há investigações em andamento "para poder demitir ou retirar do serviço público qualquer pessoa que possa ter ameaçado" o padre, mas que a prefeitura está à disposição dele.

O prefeito diz que, se há alguém que "poderia reclamar" do padre, é ele, já que recebe ligações todos os dias, mas que "nunca o padre Júlio veio me solicitar que empregasse um primo, que contratasse empresa de um amigo, nunca veio pedir nada para ele, sempre veio solicitar para essa população que muitas vezes não tem voz", afirmou.

Nos últimos dias, o padre tem sofrido críticas por parte do também pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Arthur do Val (Patriota). Ontem, o sacerdote registrou um boletim de ocorrência por ameaça após ter sido xingado por um motoqueiro enquanto realizava trabalhos sociais.

Superlotação nos ônibus

O prefeito também justificou a superlotação no transporte público municipal durante a pandemia do coronavírus.

"A redução [da frota] se deve a não deixar explodir o subsídio". Segundo Covas, a frota atual é de 87% do total.

Covas também minimizou o papel do transporte público na transmissão da covid-19. "O fato de as pessoas utilizarem o transporte público não significa que elas foram contaminadas no transporte público", disse.