Primeira-dama de SP diz que deu 'graças a Deus' quando Marçal perdeu

A primeira-dama de São Paulo, Regina Carnovale Nunes, contou nesta terça (29) como foi sua reação ao final do primeiro turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, sobre sua relação com Marta Suplicy e fez críticas a Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL).

O que aconteceu

"Dei graças a Deus quando ele [Marçal] caiu", comentou a primeira-dama sobre o resultado do primeiro turno. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, Regina disse que a saída de Marçal foi importante para todo o processo eleitoral. "Nos primeiros debates era uma única pessoa tumultuando."

Ela não citou o boletim de ocorrência que registrou contra o marido e que foi mencionado reiteradamente pelo ex-coach. A primeira-dama reconheceu que foi mais tranquilo debater com Boulos do que com o candidato do PRTB. "A partir do momento que ele saiu, ficou mais tranquilo. Para todo mundo, apesar de estar lidando com a esquerda."

Para Regina, o ex-coach foi aceito por uma parcela da população no início da campanha, mas as pessoas entenderam o risco que ele representava. "Eu não era candidata, mas ele [Pablo Marçal] estava o tempo inteiro falando da minha pessoa, da minha família, da minha filha", disse. Ela acredita que no final do primeiro turno, a opinião pública sobre o ex-coach já não era a mesma. "Tanto que no final ele teve uma rejeição muito grande."

No começo, todo mundo achava engraçado. Achavam legal aquelas coisas que ele fazia. Depois, as pessoas começaram a ver que não era legal, estava expondo todos os candidatos, a família do Guilherme [Boulos], a minha família. Estava expondo as pessoas e deixou de ser legal. A cartada final foi o laudo falso.
Regina Carnovale Nunes

"Não entendo como o Guilherme foi fazer uma 'live' com ele, mesmo depois daquele laudo falso", disse Regina. "Aquilo ali pegou mal para os dois", avaliou. Ela disse que no final da campanha o que restou era dó dos candidatos e citou Boulos e José Luiz Datena (PSDB) como dois que chegaram a situações extremas.

Amizade com Marta Suplicy ficou enfraquecida

Questionada sobre relacionamento com a candidata a vice de Boulos, Regina disse que ficou muito triste quando Marta Suplicy (PT) deixou o governo de Nunes. "Éramos muito amigas, estava sempre comigo em viagens", comentou Regina.

"Ela não gostava da pessoa que estava nos apoiando, que era o Bolsonaro, por isso deixou o governo." A primeira-dama relembrou o momento em que mandou mensagens para Marta Suplicy após a ex-secretária de Relações Internacionais ter pedido demissão para ser vice de Boulos. "Ela não me atacou em momento nenhum da campanha", ressaltou Regina, que diz ter perdido contato com Marta — elas só voltaram a se ver durante os debates, nos bastidores.

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