Topo

Covas e Boulos comemoram resultado no Ibope e apostam na TV

16.11.2020 - Guilherme Boulos (PSOL) e Bruno Covas (PSDB) antes do debate da CNN Brasil para a Prefeitura de São Paulo - Kelly Queiroz/CNN Brasil
16.11.2020 - Guilherme Boulos (PSOL) e Bruno Covas (PSDB) antes do debate da CNN Brasil para a Prefeitura de São Paulo Imagem: Kelly Queiroz/CNN Brasil

Felipe Pereira e Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

18/11/2020 20h29Atualizada em 18/11/2020 21h40

Líder na primeira pesquisa de segundo turno do Ibope para a Prefeitura de São Paulo, com 47% das intenções de votos, a campanha Bruno Covas (PSDB) comemorou o resultado e disse que manterá a estratégia de mostrar as realizações do atual prefeito. Guilherme Boulos (PSOL) tem 35%

A avaliação da equipe de Covas é que o adversário, Guilherme Boulos (PSOL), tem alta rejeição e que a tendência dele é perder votos conforme as pessoas conheçam sua biografia. O candidato do PSOL já foi chamado de radical pelo governador João Doria (PSDB), aliado do prefeito.

Para a campanha de Covas, o adversário sofrerá um efeito semelhante ao de Celso Russomanno, candidato do Republicanos que perdeu votos à medida que a disputa avançava. Outro fator usado para justificar a comparação foram as frases infelizes.

Após o levantamento, Boulos se manifestou pelas redes sociais, comemorando um aumento desde a última pesquisa — que foi feita no primeiro turno, quando havia mais candidatos na disputa.

Também disse que "a cidade está vivendo uma onda de apoio à nossa candidatura e, quando tivermos dez minutos na TV por dia, vamos virar o jogo em São Paulo".

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, disse que a pesquisa "mostra que a campanha de Boulos e Erundina está ganhando cada dia mais apoio". "Com os debates, que foram cancelados no primeiro turno, e a possibilidade de apresentar nossas propostas na TV, venceremos a eleição."

Mas uma declaração do candidato do PSOL nesta terça foi mal recebida. Hoje, ele declarou que o caminho para reduzir o déficit da previdência é abrir concursos públicos para contratar servidores. "Sabe por que a previdência se torna deficitária? Porque não se fazem concursos públicos. Porque para a previdência se equilibrar tem que ter gente contribuindo e não só gente recebendo."

A solução é considerada equivocada por economistas porque aumenta a folha salarial e limita os investimentos da prefeitura. É esta combinação entre rejeição e frases polêmicas que a campanha de Covas vê como trajeto que vai desidratar o adversário de segundo turno. Por este motivo, Boulos foi chamado de "Russomanno da esquerda".

Sobre a pandemia, pelo menos no discurso, o tema pandemia de covid-19 não preocupa a equipe de Covas. A avaliação é que não ocorre um aumento nos casos e que o prefeito não se furta a falar do assunto. Tanto que fará uma entrevista amanhã, às 11h15, para tratar da crise sanitária.