Topo

Ex-ministro de Bolsonaro pede voto a evangélicos e fiel reclama: 'É errado'

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

03/09/2022 17h18Atualizada em 03/09/2022 19h24

Candidato ao Senado por São Paulo, o ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro Marcos Pontes (PL) pediu votos a evangélicos durante evento de comemoração aos 80 anos da Ordem dos Pastores Batistas de São Paulo.

Um fiel que acompanhava a comemoração criticou, aos gritos, o uso da cerimônia para a divulgação de campanhas eleitorais: "Está errado fazer isso aqui. Aqui é a casa do Senhor. Isso aqui não é lugar de política. Vocês estão todos errados. Eu vim aqui prestar minha voz ao culto, não vim fazer isso", disse.

O pastor que comandava a cerimônia ofereceu aos candidatos a possibilidade de se apresentarem: "Todos os candidatos a uma função pública digam só o seu nome e o cargo que pretendem", disse.

Considerado decisivo, a busca pelo voto evangélico é um dos principais focos da campanha de Bolsonaro e seus apoiadores nas eleições deste ano.

O que diz Marcos Pontes

Ao UOL, o ex-ministro Marcos Pontes emitiu a seguinte nota: "Não era um culto numa igreja. Tratava-se de uma efeméride. Fomos convidados a participar do evento e os pastores fizeram questão de apresentar todos os candidatos presentes, para serem conhecidos, bem como para receberem as bênçãos de Deus, diante de desafio tão grande".

Astronauta atrás de Márcio França

Pesquisa Datafolha aponta que Marcos Pontes (PL) tem 13% das intenções de voto para o Senado pelo Estado e está atrás do ex-governador Márcio França (PSB), apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a corrida com 30%.

O astronauta entrou oficialmente na corrida no fim de julho, quando o também ex-ministro bolsonarista e candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que a candidatura de Pontes por sua chapa no Estado.

Pontes era uma das opções sugeridas por Bolsonaro para a vaga depois que o apresentador José Luiz Datena desistiu de pleitear o posto. Outros nomes ventilados foram os dos deputados federais Marco Feliciano e Carla Zambelli, ambos do PL.