Coligação de Lula pede ao TSE providências sobre intolerância política
A Coligação Brasil da Esperança, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato, protocolou ontem no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um pedido de providências sobre a violência política e o cenário de intolerância do Brasil. As quase 300 páginas assinadas pela equipe jurídica da campanha sugerem para Alexandre de Moraes um canal de denúncias específico para violência política e violência política de gênero.
O documento aponta que os episódios de violência política fazem parte de uma estratégia e um método do presidente Jair Bolsonaro e que a construção do ambiente de ódio parte de três eixos. Sendo eles, a gradativa construção de um ambiente de intolerância por meio de publicações e falas contundentes do presidente associando militantes petistas a crimes e os desumanizando. Também é associado os decretos presidenciais que facilitam o acesso a armas e munições, com o aumento dos episódios violentos.
Por fim, são exemplificados os atentados e assassinatos de pessoas ligadas direta ou indiretamente com o PT e outros partidos de esquerda, como o caso de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, morto por um bolsonarista enquanto fazia um aniversário com o tema do partido.
Não é citado no documento casos de violência política contra políticos ou militantes de direita, como, por exemplo, a facada que o presidente Jair Bolsonaro sofreu em 2018, quando ainda era candidato, na cidade de Juiz de Fora. Ou mesmo os casos de Rodrigo Duarte, que se envolveu em uma confusão com militantes petistas em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Duarte foi com seu carro adereçado com elementos do bolsonarismo e de ataques a Lula e apanhou até sangrar no local. Além deles, em 2018, Maninho como é conhecido no partido, empurrou o empresário Carlos Alberto Bettoni contra um caminhão no dia em que o então juiz Sergio Moro decretou a prisão de Lula. Ele foi preso e responde por tentativa de homicídio.
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