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Quem são os possíveis candidatos a prefeito de São Paulo nas Eleições 2024?

Os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo para 2024, da esquerda para a direita: Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB), Kim Kataguiri (União Brasil) e Maria Helena (Novo) Imagem: Zonone Fraissat, Karime Xavier/Folhapress e Divulgação

Do UOL, em São Paulo

03/05/2024 04h00Atualizada em 03/05/2024 16h25

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) estão tecnicamente empatados na disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo a última pesquisa do instituto Atlas Intel. Além dos dois, mais cinco possíveis candidatos trabalham na pré-campanha, que deve ser oficializada na Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto. Veja quais são, abaixo, por ordem alfabética.

Abraham Weintraub (PMB)

Abraham Weintraub Imagem: Walterson Rosa/Ministério da Educação

Abraham Weintraub, 52, é formado em ciências econômicas pela USP (Universidade de São Paulo) e mestre em administração pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Ele foi professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), mas teve seu salário cortado em 2023 por não comparecer ao trabalho e foi demitido em 2024.

Na política, Weintraub ganhou destaque ao integrar a equipe de transição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após a posse, ele foi nomeado secretário-executivo da Casa Civil, assumindo, posteriormente, o Ministério da Educação, cargo que ocupou até junho de 2020. Depois de deixar o governo, o ex-ministro foi indicado ao Banco Mundial, onde ficou como diretor-executivo até 2022.

Weintraub ainda não teve o apoio declarado de grandes nomes da política. A relação entre ele e Bolsonaro, seu antigo aliado, se deteriorou após as eleições de 2022, quando o ex-presidente optou por apoiar seu então ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, como candidato ao governo de São Paulo.

Altino Prazeres (PSTU)

Altino Prazeres no lançamento da pré-candidatura à prefeitura de SP pelo PSTU Imagem: Divulgação

Metroviário e formado em Matemática pela USP (Universidade de São Paulo), Altino, 55, trabalha no metrô há 25 anos, e foi presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo em duas ocasiões.

O socialista também foi operário químico e presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Pernambuco. Segundo o site do PSTU, ele migrou para São Paulo em 1995. Em 2022, ele concorreu ao cargo de governador do estado, fechando o primeiro turno com 0,05% dos votos.

O pré-candidato não tem apoio de nomes de outros partidos. Em 2022, ele chegou a dizer que demais representantes da esquerda têm ligações com a direita. "Partidos como o PT, PCdoB e a maioria da direção do PSOL estão aliados com parte importante da direita do estado. É como se fosse possível conciliar os interesses dos trabalhadores e dos super-ricos. Nosso projeto é outro", argumentou.

Guilherme Boulos (PSOL)

Guilherme Boulos (PSOL-SP) é deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Imagem: Zeca Ribeiro - 29.nov.2023/Câmara dos Deputados

Guilherme Boulos, 41, é professor, escritor, formado em filosofia e mestre em psiquiatria pela USP. Ele também foi coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), tendo participado da mobilização desde 2002.

Na política, Boulos concorreu à presidência nas eleições de 2018, à prefeitura de São Paulo em 2020 - quando chegou ao segundo turno contra Bruno Covas (PSDB) - e ao Congresso Nacional em 2022, quando foi eleito o deputado federal mais votado pelo estado de São Paulo, com cerca de um milhão de votos.

Nas eleições de 2024, o deputado é apoiado pelo presidente Lula e pelo PT (Partido dos Trabalhadores). A chapa de Boulos deverá contar com Marta Suplicy como vice. A ex-prefeita, inclusive, se refiliou ao PT para disputar a eleição ao lado do psolista.

Kim Kataguiri (União Brasil)

Deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) Imagem: Vinicius Loures - 27.mar.2024/Câmara dos Deputados

O deputado federal Kim Kataguiri, 28, ganhou destaque na internet, ainda adolescente, gravando vídeos para o YouTube sobre política e economia. Em 2014, ele co-fundou o MBL (Movimento Brasil Livre), organização que liderou manifestações pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Kim tem o ensino médio completo.

Esse é o segundo mandato de Kataguiri como deputado federal. Ele foi eleito pela primeira vez em 2018, ainda pelo Democratas. Em 2022, ele se filiou ao Podemos, com o intuito de apoiar a candidatura de Sergio Moro à presidência. Kim ficou no partido por menos de dois meses. No mesmo ano, ele foi reeleito, desta vez pelo União Brasil.

Kim não tem o apoio explícito de grandes nomes da política. O deputado não é unanimidade nem mesmo dentro do seu próprio partido. O parlamentar enfrenta a resistência de toda a bancada de vereadores do partido na Câmara Municipal de São Paulo, que prefere apoiar a reeleição de Nunes.

Marina Helena (Novo)

Maria Helena é pré-candidata à prefeitura de São Paulo pelo Novo Imagem: Julia Godoy/Divulgação

Economista com mestrado pela UnB (Universidade de Brasília), Marina Helena, 43, é primeira suplente por São Paulo na Câmara dos Deputados. Em 2022, ela concorreu ao Congresso e recebeu pouco mais de 50 mil votos.

De acordo com o site da pré-candidata, ela "tem 20 anos de experiência com políticas públicas no setor privado, setor público e terceiro setor", tendo sido dirigente nacional do Partido Novo. Marina também participou do governo Bolsonaro, como diretora de Desestatização do Ministério da Economia.

Marina Helena é apoiada por seu correligionário e ex-candidato à presidência Felipe D'Ávila. Recentemente, ele comemorou o resultado de uma pesquisa que mostra a pré-candidata com 7% das intenções de voto e afirmou que ela é "o nome mais qualificado do pleito".

Pablo Marçal (PRTB)

Pablo Marçal Imagem: Reprodução

Pablo Marçal nasceu em Goiânia (GO), mas tem domicílio eleitoral em São Paulo. Formado em Direito, ele é conhecido por atuar como "coach" nas redes sociais e vender cursos de desenvolvimento pessoal na internet.

Na vida política, Marçal tentou concorrer à presidência pelo PROS em 2022, mas a legenda desistiu da candidatura e o TSE barrou o registro do coach no pleito, considerando válida a anulação da convenção partidária que escolheu Marçal como candidato.

Marçal ainda não tem grandes nomes o apoiando. De fato, ele ainda não confirmou a pré-candidatura. Ao UOL, Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB, afirmou que o coach lhe disse que irá concorrer "se até o dia 15/05 não aparecer um nome com perfil que ame o povo, bom gestor, que deseja destravar o povo a prosperar".

Ricardo Nunes (MDB)

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) é pré-candidato à reeleição em São Paulo Imagem: Gabriel Silva/Ato Press/Estadão Conteúdo

Atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, 56, deve tentar a reeleição em 2024. O emedebista chegou à prefeitura como vice na chapa de Bruno Covas (PSDB) nas eleições de 2020 e assumiu o Executivo municipal após a morte de Covas, em 2021. Nunes também já foi vereador.

Ricardo Nunes estudou Direito na FMU, mas não concluiu o curso. Ele é dono e fundador da empresa Nikkey, especializada na desinfecção de navios nos portos e no controle de pragas urbanas. Nunes também foi presidente da Aesul (Associação Empresarial da Região Sul de São Paulo).

O prefeito é apadrinhado por grandes nomes da política atual. Entre seus apoiadores estão o atual governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro, inclusive, deve fazer campanha fora dos holofotes: de acordo com o Datafolha, o apoio dele a Nunes afasta 63% dos eleitores.

Ricardo Senese (UP)

Ricardo Senese, pré-candidato à prefeitura de São Paulo pela UP Imagem: Reprodução/Redes sociais

Metroviário há 13 anos, Ricardo é dirigente da Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) e membro da coordenação nacional do MLC (Movimento Luta de Classes). A pré-candidatura foi anunciada pela Unidade Popular pelo Socialismo na última quarta-feira (1º) em Diadema, no ABC Paulista.

O pré-candidato ganhou projeção nacional em dezembro do ano passado, quando foi preso por protestar contra a privatização da Sabesp durante a votação do projeto na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). Ele foi liberado cerca de uma semana após a detenção.

Tabata Amaral (PSB)

Deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) Imagem: Claudio Reyes - 16.jan.2024/Estadão Conteúdo

Tabata Amaral, 30, é graduada em Ciências Políticas pela Universidade de Harvard. Ativista na área da educação, ela é co-fundadora do Movimento Mapa Educação, com o objetivo melhorar o ensino no país, e do Movimento Acredito, que busca a renovação do Congresso.

Atualmente, Tabata é deputada federal. Ele foi eleita para o cargo pela primeira vez em 2018, pelo PDT. Em 2021, ela entrou com um recurso para se desfiliar do PDT, sem perda do mandato, e ganhou a ação. No mesmo ano, anunciou a filiação ao PSB, partido pelo qual se reelegeu em 2022.

Tabata conta com o apoio do vice-presidente e colega de partido, Geraldo Alckmin — uma divergência notável no alto escalão do Executivo nacional nas eleições municipais. O ex-governador de São Paulo afirmou que "será uma honra" apoiar a deputada na campanha.

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