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Tabata negocia vice com PSDB, mesmo após Datena se anunciar pré-candidato

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e o apresentador e jornalista José Luiz Datena Imagem: Marlene Bergamo/Folhapress; Kelly Fuzaro/TV Bandeirantes

Do UOL, em São Paulo

17/05/2024 04h00Atualizada em 17/05/2024 16h34

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) segue em conversas com o PSDB para que o partido indique o vice de sua chapa na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024, apesar de o apresentador José Luiz Datena ter anunciado esta semana que pretende ser o candidato tucano nas eleições municipais.

O que aconteceu

Mario Covas Neto e Ricardo Trípoli são os nomes mais cotados para vice de Tabata. Neto é filho do ex-governador Mario Covas, que morreu de câncer em 2001. Uma fonte próxima à deputada informou que ela conversou sobre o tema nesta quinta-feira (16) com lideranças tucanas, em um sinal de que o contato com o partido segue como antes. Nem a possibilidade de Datena ser vice foi descartada.

Datena anunciou pré-candidatura pelo PSDB na quarta (15). Ele se filiou à sigla em abril e era bem cotado para ocupar a vaga de vice de Tabata. Entretanto, o apresentador teria mudado de ideia após ser apresentado a pesquisas que mostrariam a viabilidade de seu nome como cabeça de chapa, em um jantar com tucanos.

Aliados de Tabata dizem não acreditar que Datena será de fato candidato à prefeitura. Para eles, o anúncio feito pelo apresentador é uma movimentação de José Aníbal, presidente do diretório paulistano do PSDB, e não do partido como um todo. A avaliação interna é que Aníbal "forçou a mão" com o anúncio. Datena já se filiou a 11 partidos diferentes, mas nunca foi candidato.

Equipe da deputada não reclama da polêmica. O entendimento é que a confusão aumenta a exposição de Tabata e isso é bom, já que sondagens mostram que muitos eleitores tendem a votar nela quando a conhecem melhor. Segundo seu time, Tabata tem crescido e já tem 15% de intenções de voto em algumas pesquisas internas. No último Datafolha, de março, ela tinha 8% das intenções de voto. Guilherme Boulos (PSOL), com 30%, e Ricardo Nunes (MDB), com 29%, estavam empatados tecnicamente.

Tabata segue sem marqueteiro

Deputada negocia com alguns nomes e deve decidir por aquele com "melhor perfil". No começo de abril, o marqueteiro Pablo Nobel deixou o time da pré-candidatura de Tabata. À época, a saída foi atribuída a falta de dinheiro — o que é negado até hoje — e divergência de ideias em relação à estratégia.

Pré-candidata deve participar de sabatinas e entrevistas a podcasts nos próximos meses. O esforço faz parte da estratégia de aumentar sua visibilidade e, por consequência, seu potencial de voto entre os eleitores.

Dois partidos negociam apoio à candidatura da deputada que, até agora, é um projeto puro-sangue do PSB. Nomes próximos a Tabata e mesmo atores de outros campos afirmam que não há possibilidade de desistência da empreitada, vista por ela como fruto de dois anos de costuras políticas com esse foco.

Além de Tabata e, agora, Datena, disputa pela Prefeitura de São Paulo deve ter Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Nunes é o atual prefeito, conta com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e não tem vice definido. Boulos tem apoio de Lula (PT) e a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como vice.

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