Eleições 2024: Candidaturas de religiosos crescem 34% no Brasil

As candidaturas de religiosos registraram um aumento de 34% nas eleições deste ano em comparação a 2020. São pelo menos 1.800 a mais em relação ao último pleito municipal.

O que aconteceu

As eleições deste ano contam com mais de 7.400 candidatos religiosos. No último pleito municipal, em 2020, foram 5.555 registros com esse perfil. A identificação dos candidatos religiosos ocorre pelo nome da urna ou pela profissão informada. O próprio candidato informa ser "sacerdote ou membro de ordem ou seita religiosa" ou usa um termo religioso para se lançar na disputa.

Candidaturas de religiosos correspondem a menos de 2% do total de registros. Até o final da tarde desta sexta-feira, o banco de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já contava com mais de 455 mil registros. Desses, 657 informaram a profissão de "sacerdote ou membro de ordem ou seita religiosa" e outros 6.782 usavam algum nome de urna que remetia à religião.

Do total, 96% dos candidatos religiosos disputam uma cadeira para a Câmara Municipal. Já outros 2,9% concorrem a prefeito, e 0,9%, a vice-prefeito.

"Pastor" e "irmão" são os nomes de urna mais comuns. Ao todo, 47% dos candidatos religiosos se intitulam como "pastor" ou "pastora". Já 39% se declararam "irmão" ou "irmã".

Também há candidatos de religiões de matriz africana, mas em menor número. Ao todo, 97 pessoas concorreram como "pai de santo" ou "mãe de santo", o que representa 1,39% do total de candidatos religiosos.

Dados podem mudar até 16 de setembro. Os partidos podem substituir candidatos ou eles serem julgados como inelegíveis. Os dados analisados pelo UOL são do próprio TSE e foram reunidos às 17h de sexta-feira (16). Os registros ainda estão sendo processados, o que também pode alterar esse número.

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