Atacama não está em negociação com a Bolívia, diz Piñera
De férias por uma semana, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, interrompeu o período de descanso para reiterar que o Deserto de Atacama não é objeto de negociações com o governo do presidente da Bolívia, Evo Morales. Segundo Piñera, a região de Atacama não é negociável.
“O Atacama é e vai seguir sendo como soberania chilena. Isso nunca esteve na mesa de negociações”, disse ele. As informações são da rede estatal de televisão chilena, a TVN.
Piñera respondeu a um comentário, divulgado pela imprensa boliviana, que a região de Atacama estava sendo negociada por ele e Morales. “Não estou de piada [nem brincadeira] quando falo que o Atacama é e vai continuar sendo chileno”, afirmou.
Os dois presidentes, por meio de assessores, retomaram as negociações sobre uma proposta negociada em 2006 e ratificada no ano passado denominada Treze Pontos. Nela, o Chile e a Bolívia expõem as reivindicações de ambos os lados. Para os bolivianos, o principal ponto é garantir uma saída para o mar.
Desde 1879, depois de uma guerra com o Chile, a Bolívia perdeu 400 quilômetros de costa e não dispõe de litoral. Em 1978, as relações diplomáticas entre os dois países foram interrompidas. Depois, em 2006 foi retomada a disposição de negociar uma alternativa para por fim à crise envolvendo chilenos e bolivianos.
No começo deste ano, o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, anunciou que o governo Morales analisa a hipótese de recorrer ao Tribunal de Haia contra o Chile por causa da reivindicação do direito de saída para o mar. Piñera, no Chile, tentou amenizar a ameaça e defendeu a negociação.
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