Investigadores são recebidos a tiros em local de massacre no Afeganistão
Uma delegação do governo afegão enviada para investigar o massacre de 16 civis por um soldado norte-americano no sul do Afeganistão foi atacada nesta terça-feira (13) no local do crime.
Os insurgentes abriram fogo desde vários pontos contra a delegação afegã que visitava o povoado de Balandi Pul", disse um líder tribal do distrito de Panjwai, Hajj Hagha Lalai Dasgeri, que faz parte da delegação.
Dasgeri precisou que os talibãs lançaram dois projéteis e causaram ferimentos em pelo menos uma pessoa, embora ninguém da delegação tenha sido atingido.
A delegação está a cargo da investigação sobre o massacre e dela participam dois irmãos do presidente afegão, Abdul Qayum Karzai e Shah Wali Karzai, e o governador de Kandahar, Toryalay Wessa, entre outras autoridades. "Os irmãos de Karzai e eu deixamos o local assim que começaram os disparos", explicou o líder tribal.
Dasgeri acrescentou que o ataque já cessou e que as forças de segurança afegãs tomaram o controle da zona onde o tiroteio teve início. Os investigadores se viram obrigados a abreviar a visita à província de Candahar.
Na manhã deste domingo (11), o sargento americano da força internacional da Otan (Isaf) saiu de sua base na província de Kandahar, um reduto talibã, e matou os moradores de três casas de vilarejos próximos, incluindo nove crianças e três mulheres. Depois ele queimou os corpos, voltou à base e relatou a ocorrência.
Segundo indicou à "CNN" um funcionário do Departamento de Defesa americano, o sargento era um franco-atirador de infantaria treinado para atirar em alvos a 800 metros de distância.
Na segunda-feira, no entanto, um grupo de líderes tribais denunciou que o massacre é na realidade uma "vingança" pela explosão de uma bomba registrada na zona à passagem de um veículo das tropas americanas, e que foi perpetrado por mais de um soldado.
Durante sua estadia no Iraque em 2010, sofreu um acidente de automóvel que o deixou com uma lesão cerebral traumática, segundo a cadeia.
No entanto, após ser tratado do ferimento, foi autorizado a voltar ao serviço militar, sendo enviado ao Afeganistão.
O sargento americano poderá enfrentar a pena de morte em seu julgamento nos Estados Unidos, afirmou o secretário americano de Defesa, Leon Panetta.
"Meu entendimento é que, nestes casos, isso seria considerado", afirmou Panetta, segundo o diário "Los Angeles Times". (Com AFP e EFE)
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