Cristina Kirchner diz que entrada da Venezuela no Mercosul consolida esforços comuns para o desenvolvimento do bloco
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse nesta terça-feira (31) que a adesão da Venezuela ao Mercosul consolida os esforços comuns para o desenvolvimento energético, da ciência e tecnologia e da exploração dos minérios. Para Cristina Kirchner, é fundamental, também, trabalhar em conjunto para a inclusão social.
“Jamais vamos cometer erros de tal forma que nossas decisões prejudiquem [as pessoas] porque temos uma experiência de vida consagrada à luta em busca de uma região cada vez mais igualitária e justa”, disse a presidenta da Argentina, depois da reunião com os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, da Venezuela, Hugo Chávez, e do Uruguai, José Pepe Mujica, no Palácio do Planalto.
Ao recordar a história de vários países da América Latina, que enfrentaram ditaduras, Cristina Kirchner disse que o esforço atual é para vencer a herança dessa época de exclusão de milhares de pessoas. “Foram décadas de solidão”, disse. “Estamos realmente diante de um dia histórico [com a inclusão da Venezuela no Mercosul]”, completou ao destacar a importância da presença venezuelana no bloco.
Apesar da cerimônia oficializar o ingresso da Venezuela no Mercosul, o país não estará imediatamente integrado ao bloco. A incorporação, na prática, só ocorrerá, juridicamente, em agosto quando, segundo as normas do Mercosul, com o cumprimentos de todos os atos burocráticos. Suspenso do Mercosul desde o final de junho, os representantes do Paraguai não participaram da cerimônia.
Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de pessoas (70% da população da América do Sul), um Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes de US$ 3,3 trilhões (o equivalente a 83,2% do PIB sul-americano) e um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados (72% da área da América do Sul).
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