Walmart suspende venda online de rifle usado por atirador em escola nos EUA
A rede de supermercados norte-americana Walmart retirou de seu site o rifle usado por Adam Lanza, 20, no ataque à escola Sandy Hook, em Newtown, no Estado de Connecticut, nos EUA, na última sexta-feira (14). O ataque acabou com 26 pessoas mortas, além do próprio atirador e de sua mãe.
O "New York Post" noticiou nesta terça-feira (18) que a arma não está mais à venda no site da rede. Na página online, o comprador é avisado de que só pode adquirir o produto nas lojas físicas. Segundo o "Thenation.com", até ontem o rifle Bushmaster AR-15 estava à venda em 1.700 lojas do Walmart nos Estados Unidos.
Essa não é a primeira vez que a arma é usada para esses fins no Estados Unidos. A arma foi a mesma usada por outro atirador, dois dias antes da tragédia na escola de Connecticut, para invadir um shopping em Oregon e matar duas pessoas.Também foi a mesma usada por James Homes em um ataque a um cinema em Aurora, no Colorado, entre outros casos.
O último ataque, com 20 vítimas entre 6 e 10 anos, reabriu a discussão da venda de armas nos Estados Unidos. Após a tragédia de sexta-feira, foi criada uma petição no site da Casa Branca para que o presidente Barack Obama trabalhe para um maior controle de armas no país. O número de assinaturas já soma quase 160 mil.
Com mais de 150 mil assinaturas, a petição supera em muito as 25 mil necessárias para provocar ao menos uma "resposta" por parte da administração federal. Uma petição semelhante, que solicita o apoio a leis "mais severas" sobre o controle de armas de fogo, tem 31.600 assinaturas.
Nesta segunda-feira (17), num possível sinal de mudança das atitudes com relação ao controle armamentista, o senador conservador Joe Manchin, um democrata sempre elogiado pela indústria armamentista, disse que o Congresso e as empresas do setor deveriam se unir numa "abordagem sensível e razoável" para coibir a circulação de rifles como o usado na escola primária Sandy Hook, em Newtown.
Caçador e membro da ANR (Associação Nacional do Rifle), Manchin disse que a disponibilidade de armas de alto poder de fogo não faz sentido e defendeu que a entidade pró-armas coopere numa reforma das leis sobre esse tema.
"Nunca antes vimos nossos bebês serem abatidos. Isso nunca aconteceu antes na América, que eu possa me lembrar, jamais vimos esse tipo de carnificina", disse Manchin, que já chegou a aparecer em uma propaganda eleitoral disparando um rifle contra uma lei ambiental.
A ANR usou sua influência para impedir limitações às vendas de armas e também conseguiu abrandar as restrições à circulação de armas de combate de alto poder de fogo destinadas ao uso militar. Os parlamentares republicanos, que tradicionalmente defendem a liberdade de portar armas, pouco se pronunciaram desde o massacre.
Durante o fim de semana, houve relatos de um aumento nas vendas de armas por parte de compradores preocupados com a adoção de restrições.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.