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Ex-presidente mexicano é denunciado no Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra

O ex- presidente mexicano Felipe Calderon em imagem de 22 de novembro - Presidencia/AFP
O ex- presidente mexicano Felipe Calderon em imagem de 22 de novembro Imagem: Presidencia/AFP

Renata Giraldi

Da Agência Brasil, em Brasília

19/12/2012 13h53

O ex-presidente mexicano Felipe Calderón (2006-2012) foi denunciado nesta quarta-feira (19) no Tribunal Penal Internacional, em Haia (Holanda), por crimes de guerra e pela imposição de um Estado de exceção.

A denúncia foi apresentada por Humberto Moreira, ex-governador de Coahuila, ligado ao PRI (Partido Revolucionário Institucional). Moreira refere-se às ações do governo de combate aos cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas no México.

De acordo com Moreira, Calderón impôs um estado de exceção no México que não visava a proteger os civis e que acabava colocando em risco a vida da população.

"Meu filho morreu por causa da guerra louca e irresponsável do [ex-] presidente Calderón. Como meu filho, milhares de pessoas morreram", disse Moreira referindo-se ao assassinato do seu filho José Eduardo, em outubro. Segundo investigações, ele teria sido morto por integrantes do cartel Los Zetas.

O PAN (Partido de Ação Nacional), ao qual pertence Calderón, descreveu as acusações como "inaceitáveis, falsas e infundadas".

Em 2006, Calderón pôs em prática uma política de segurança, que incluiu o lançamento de uma operação militar contra os cartéis de drogas. Pelo menos 60 mil pessoas morreram no México após a implementação da política de segurança, de acordo com dados de organizações de direitos humanos. (Com Telesur)