Ex-presidente mexicano é denunciado no Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra
O ex-presidente mexicano Felipe Calderón (2006-2012) foi denunciado nesta quarta-feira (19) no Tribunal Penal Internacional, em Haia (Holanda), por crimes de guerra e pela imposição de um Estado de exceção.
A denúncia foi apresentada por Humberto Moreira, ex-governador de Coahuila, ligado ao PRI (Partido Revolucionário Institucional). Moreira refere-se às ações do governo de combate aos cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas no México.
De acordo com Moreira, Calderón impôs um estado de exceção no México que não visava a proteger os civis e que acabava colocando em risco a vida da população.
"Meu filho morreu por causa da guerra louca e irresponsável do [ex-] presidente Calderón. Como meu filho, milhares de pessoas morreram", disse Moreira referindo-se ao assassinato do seu filho José Eduardo, em outubro. Segundo investigações, ele teria sido morto por integrantes do cartel Los Zetas.
O PAN (Partido de Ação Nacional), ao qual pertence Calderón, descreveu as acusações como "inaceitáveis, falsas e infundadas".
Em 2006, Calderón pôs em prática uma política de segurança, que incluiu o lançamento de uma operação militar contra os cartéis de drogas. Pelo menos 60 mil pessoas morreram no México após a implementação da política de segurança, de acordo com dados de organizações de direitos humanos. (Com Telesur)
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