Maquinista de trem que descarrilou na Espanha fica em silêncio durante interrogatório
O maquinista do trem que descarrilou em Santiago de Compostela na quarta-feira (24), deixando 78 mortos, se recusou a depor para a polícia nesta sexta-feira (26).
Francisco José Garzón Amo, 52, usou o direito de ficar em silêncio para não responder às perguntas feitas durante interrogatório no Hospital Clínico de Santiago, no qual foi internado com ferimentos leves após o acidente. A polícia informou que, agora, o condutor será colocado à disposição da Justiça “o mais rápido possível”.
O maquinista recebeu voz de prisão por "imprudência", informou o chefe superior da polícia da Galícia, Jaime Iglesias, em entrevista coletiva concedida ontem. Segundo Iglesias, Garzón é acusado por um “fato delitivo vinculado à autoria do acidente".
Informações divulgadas pelo jornal espanhol El País dão conta de que o trem entrou em uma curva perigosa a 190 km/h, quando a velocidade máxima permitida no trecho seria de 80 km/h.
A empresa que administra as ferrovias informou que o maquinista deveria ter começado a frear quatro quilômetros antes de chegar à curva para atingir a velocidade indicada.
A investigação parece caminhar para um sistema precário de segurança, combinado com velocidade excessiva. A companhia ferroviária, no entanto, informou que todos os sistemas de segurança funcionaram e que o condutor tinha um roteiro com indicações para "controlar a velocidade".
Acidente
O trem de alta velocidade com oito vagões saiu dos trilhos nos arredores de Santiago de Compostela na noite de quarta-feira (24). A tragédia aconteceu no dia em que a cidade deveria ter celebrado uma das maiores festas cristãs da Europa –as festividades foram canceladas por luto.
O trem que fazia a linha Madri – Ferrol vinha da capital quando descarrilou próximo à estação de Santiago de Compostela. Um funcionário local descreveu as cenas após o acidente como o inferno, com corpos espalhados perto dos trilhos. O impacto foi tão grande que um vagão voou vários metros e caiu do outro lado da alta barreira de concreto.(Com agências de notícias)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.