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Justiça sul-coreana absolve homem acusado de asfixiar namorada com polvo

Do UOL, em São Paulo

12/09/2013 05h25

A Corte Suprema da Coreia do Sul absolveu nesta quinta-feira (12) um homem acusado de asfixiar a namorada com um polvo para receber indenização no valor de R$ 419 mil por sua morte, ocorrida em 2010, de acordo com a AFP.

“As provas, indiretas e circunstanciais, são insuficientes para apoiar a acusação de que o suspeito matou a mulher sufocando-a”, disse a corte em nota, mantendo o entendimento proferido em abril de 2013 por uma instância inferior da justiça do país.

Entenda o caso

Segundo a investigação, o homem, identificado como Kim, foi a um motel com a namorada na cidade de Incheon, perto de Seul, em abril de 2010, após comprar dois polvos vivos em um restaurante local.

Ele ligou para a recepção dizendo que sua namorada, de sobrenome Yoon, havia desmaiado e não respirava mais após ingerir um dos animais.

Ela foi levada ao hospital, mas morreu 16 dias depois. Um tentáculo foi encontrado na garganta de Yoon, contribuindo para que a família dela e a polícia acreditassem na versão de Kim.

A polícia classificou o episódio como acidente e encerrou o caso, mas reabriu as investigações cinco meses depois, após um programa de TV entrevistar o pai de Yoon. No segmento, o parente revelou que a filha havia contratado um seguro de vida pouco antes de morrer e insistiu para que Kim fosse investigado.

Kim foi o único beneficiário da apólice e recebeu 200 milhões de won (cerca de R$ 419 mil).

O homem foi julgado e condenado à prisão perpétua ainda em outubro de 2012. A decisão citou “provas indiretas convincentes”.

Kim apelou da decisão e foi absolvido por uma corte superior em abril de 2013. Nesta quinta-feira, a Corte Suprema do país acatou este entendimento.

Polvos vivos são iguarias no país

Na Coreia do Sul, polvos vivos são considerados uma iguaria com potencial para engasgar, uma vez que as ventosas dos tentáculos podem prender o animal na garganta da pessoa.

Um polvo bebê normalmente é consumido inteiro, enquanto animais maiores são consumidos logo após em partes logo após cortados. (Com AFP)