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Restos mortais são encontrados dentro do navio Costa Concordia

Do UOL, em São Paulo

26/09/2013 09h32

Restos mortais foram encontrados nesta quinta-feira (26) nos destroços do navio Costa Concordia, que naufragou em janeiro de 2012 na ilha de Giglio, na Itália. Segundo autoridades, serão necessários exames de DNA para saber se são das duas vítimas que ainda não haviam sido identificadas após a tragédia. São elas: a passageira Maria Grazia Trecarichi e o tripulante Russel Rebelli. No total 32 pessoas morreram.

De acordo com a Guarda Costeira, os restos mortais --que foram encontrados por mergulhadores com o auxílio submarinos não tripulados-- ainda não foram retirados da embarcação. As famílias das duas vítimas desaparecidas já foram informadas da descoberta pela Defesa Civil local.

Franco Gabrielli, chefe da entidade, classificou o fato como “quase um milagre”, mas disse que é preciso aguardar o resultado dos exames para confirmar que se tratam de Rebello e Trecarichi.

Montagem de um minuto resume 19 horas de resgate do Costa

BBC Brasil

Nas próximas horas mergulhadores devem fazer uma incursão no Concordia para retirar os corpos, que foram encontrados em uma área do navio conhecida como 'ponte 4', que fica na região central . A busca foi feita nesta pedaço da embarcação tendo como base a última localização conhecida das duas vítimas, afirmaram fontes da Guarda Costeira.

Incentivo

Gabrielli disse que esteve esta semana no local do naufrágio para incentivar os mergulhadores e responsáveis pela busca aos corpos. "Disse a eles que precisamos trazer um pouco de paz para o coração das famílias", afirmou. 

Clique na imagem e veja como será a operação para endireitar o navio

O resgate do navio

Na semana passada equipes de resgate responsáveis pela retirada do Concordia da ilha de Giglio completaram a primeira etapa do processo, após endireitar a embarcação em uma operação que durou 19 horas.

Destino do Concordia

A capital siciliana de Palermo deve ser escolhida para desmontar o navio, segundo o jornal italiano "Corriere della Sera". O negócio pode render milhões de euros para a cidade.

O ministério do Desenvolvimento Econômico começou a discutir o assunto na quinta-feira (19), e autoridades palermitanas, num esforço conjunto entre Estado e município, apresentaram um pedido oficial para receber o transatlântico.

Representantes da prefeitura que participaram do encontro ministerial afirmaram que "nossas docas têm todos os requerimentos necessários para a operação".

Capitão culpa timoneiro por tragédia

O capitão do Concordia, Francesco Schettino, disse na segunda-feira (23) que está sendo acusado indevidamente pelo naufrágio. De acordo com ele, o timoneiro indonésio Jacob Rusli contribuiu para o acidente por não ter obedecido sua ordem.

Schettino compareceu hoje em um tribunal para a segunda audiência do seu julgamento. A primeira sessão do processo foi realizada em 17 de julho. (Com agências internacionais)