Topo

OSCE diz ter perdido contato com mais 11 observadores em missão na Ucrânia

26.mai.2014 - Coluna de fumaça preta se forma no aeroporto internacional de Donetsk, na Ucrânia, durante um tiroteio entre o exército ucraniano e militantes pró-Rússia - Olexandr Stashevskiy/AFP
26.mai.2014 - Coluna de fumaça preta se forma no aeroporto internacional de Donetsk, na Ucrânia, durante um tiroteio entre o exército ucraniano e militantes pró-Rússia Imagem: Olexandr Stashevskiy/AFP

Do UOL, em São Paulo

28/05/2014 15h08Atualizada em 28/05/2014 15h08

A OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) confirmou nesta quarta-feira (28) que perdeu contato com 11 observadores em missão em Donetsk, na Ucrânia. Desde segunda-feira, há confrontos entre militares do país e grupos separatistas pró-Rússia na cidade. 

Por meio de um comunicado, a OSCE afirma que os observadores viajavam em três veículos em direção a Dnipropetrovsk  quando o contato foi perdido, por volta do meio-dia desta quarta (horário local). O último contato desse grupo ocorreu às 19h (horário local) de terça-feria (27). 

Entre os desaparecidos estão observadores de nacionalidades americana (1), austríaca (1), búlgara (2), holandesa (1), finlandesa (1), italiana (1), norueguesa (1), polonesa (1), russa (1) e eslovaca (1).

Outro grupo desaparecido

Na manhã desta quarta-feira, o diplomata alemão Wolfgang Ischinger, mediador da OSCE, havia confirmado o desaparecimento de outros quatro monitores -- um estoniano, um suíço, um turco e um dinamarquês.

“Não sabemos onde estão. Com base na situação atual, podemos supor que eles estão nas mãos de um dos grupos separatistas”, afirmou em entrevista ao canal público ZDF.

A organização não descarta retirar os observadores do país se a situação for considerada muito perigosa.. “Se a insegurança chegar ao ponto de temermos pela vida de nossos colaboradores, lamentavelmente teremos de retirá-los."

A missão da entidade de segurança europeia enviou à Ucrânia 282 pessoas, incluindo 198 civis de 41 países membros da OSCE.

Ischinger também reconheceu que a questão da possível retirada era "difícil", pois "é bom ter o maior número de observadores possíveis", justamente nos locais em que a situação "não é tranquila".

Há um mês outra equipe da OSCE foi capturada por separatistas pró-Rússia. Os observadores permaneceram retidos por uma semana na cidade insurgente de Slaviansk. (Com Reuters)