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Negociação para soltar jornalista em poder do EI está parada, diz Japão

Do UOL, em São Paulo

31/01/2015 13h06

O vice-ministro das Relações Exteriores do Japão afirmou que as negociações com o grupo (EI) Estado Islâmico, que ameaça executar um piloto jordaniano e um jornalista japonês, estão paralisadas.

Yasuhide Nakayama, que lidera a equipe de Tóquio em Amã, afirmou que não aconteceu nenhum progresso na tentativa de obter a libertação do jornalista Kenji Goto e do piloto Maaz al Kasasbeh, sequestrado em dezembro. "Está paralisado", afirmou, segundo o canal estatal japonês NHK.

"Devemos permanecer atentos, continuar analisando e examinando a informação. O governo está fazendo esforços coordenados ao lado do governo jordaniano", disse.

Em Tóquio, o secretário de gabinete Hiroshige Seko, figura importante do governo do primeiro-ministro conservador Shinzo Abe, afirmou que o governo aguarda novas informações sobre a crise dos reféns.

O EI ameaçou na última quinta-feira (29) assassinar Kasasbeh caso a Jordânia não libertasse antes do por do sol a terrorista Sajida al Rishawi. Em troca, os jihadistas não matariam Goto e também entregariam Kasasbeh.

O governo jordaniano concordou com a troca de al Rishawi pelos dois reféns, mas voltou atrás depois de o EI não mostrar provas de que o piloto estava vivo.

Há 11 dias, coincidindo com a viagem do primeiro-ministro Abe ao Oriente Médio, o EI divulgou um primeiro vídeo no qual exigia do governo japonês o pagamento de US$ 200 milhões para não executar Goto, capturado em outubro, e o cidadão japonês Haruna Yukawa, morto pelos radicais no sábado passado.