Funcionário do governo britânico pede demissão por venda de armas a Israel
Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores britânico pediu demissão em protesto contra a venda de armas para Israel. Segundo a BBC, ele trabalhava no combate ao terrorismo.
O que aconteceu
Mark Smith enviou pedido de demissão na sexta-feira (16). No texto, ele diz que o Reino Unido "pode ser cúmplice de crimes de guerra" e afirmou que havia feito o alerta "em todos os níveis" do Ministério das Relações Exteriores britânico. O funcionário, que atuava na embaixada em Dublin, na Irlanda, disse que recebeu apenas retornos básicos do ministério.
Ministério das Relações Exteriores não comentou o caso diretamente, segundo a BBC. Porém, a pasta ressaltou que o governo está comprometido em defender o direito internacional.
Pedido de demissão foi enviado por email a várias listas de distribuição. Os contatos incluem autoridades governamentais, funcionários de embaixadas e assessores especiais de ministros.
No texto, Smith escreve que "todos os dias" colegas testemunhavam "exemplos claros e inquestionáveis" de crimes de guerra em Gaza. "Altos membros do governo e do exército israelense expressaram abertamente intenção genocida, soldados israelenses gravam vídeos queimando, destruindo e saqueando propriedades civis deliberadamente", diz um trecho.
Mark Smith seria segundo secretário de contraterrorismo, uma posição considerada mais simples na hierarquia. "Os ministros afirmam que o Reino Unido tem um dos regimes de licenciamento de exportação de armas mais 'robustos e transparentes' do mundo. No entanto, isso é o oposto da verdade."
Revisão para avaliar direito humanitário está em andamento. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que está em andamento uma revisão para avaliar se Israel está cumprindo o Direito Internacional Humanitário.
Novos ataques em Gaza
Novos ataques israelenses na Faixa de Gaza deixaram pelo menos 19 pessoas mortas. Entre as vítimas estão uma mulher e seus seis filhos, na cidade de Deir al-Balah, segundo informações de um hospital local.
Em Jabaliya, no norte do enclave palestino, mísseis atingiram dois edifícios residenciais e mataram quatro pessoas. As vítimas foram identificadas como dois homens e duas mulheres, entre elas uma jovem, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas.
Mais de 40 mil mortos. A pasta informou que o número de palestinos mortos desde o início da ofensiva israelense ultrapassou a marca dos 40 mil.
*com informações da Ansa
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