Qual é o grande museu de arte mais barulhento de Nova York?
Os museus são tradicionalmente um lugar de contemplação, refúgios do mundo exterior onde os visitantes podem se deleitar diante de obras de arte em uma tranquila serenidade.
Mas isso só é verdade se você não morar em Nova York.
Na Big Apple, até os museus de arte podem estar repletos de multidões e de filas parecidas com as de segurança dos aeroportos. São edifícios enormes, com algumas das melhores coleções de arte do mundo --então é natural que seja assim. O público do Metropolitan Museum quase bateu um recorde em 2014, com 6,16 milhões de visitantes; mais de 3 milhões de pessoas foram ao Museu de Arte Moderna e, se as visitas recentes ao novo Whitney servirem de indício, o público do antigo edifício de Breuer será completamente ultrapassado.
Mas o que isso significa para a experiência de contemplar obras de arte? E como quantificar uma experiência essencialmente inefável? Não dá para medir os ângulos de visão nem a sensação de ser empurrado ou de estar cercado. No entanto, dá para medir o som.
Decibéis
Mais especificamente, é possível medir decibéis. Os decibéis --unidades logarítmicas que costumam ser usadas para descrever intensidade sonora-- são 1/10 de um bel, uma proporção que para a maioria das pessoas soa como uma diferença de 2:1, disse Alan Fierstein, fundador da Acoustilog, uma empresa de consultoria acústica de Nova York. "Se o som fosse de 60 decibéis e passasse a 70 decibéis, a maioria das pessoas diria que o volume ficou duas vezes mais alto", explica.
Como referência, Fierstein diz que o som de uma pessoa falando normalmente a uns 90 centímetros de distância equivale a cerca de 65 decibéis; se a pessoa falasse alto a essa mesma distância, o som seria de 75 decibéis e se ela gritasse, de 95 decibéis.
Usando um medidor de decibéis para o iPhone, que custou US$ 0,99 (e é menos exato do que um medidor profissional, embora seja suficientemente aproximado para dar uma ideia do ruído relativo), fizemos medições nos principais museus da cidade (e no augusto e extremamente silencioso Frick Museum também, como controle).
E agora, os resultados, classificados do mais barulhento ao mais silencioso:
1. MoMA (3 milhões de visitantes em 2014) Lobby: 77,1 Arte latino-americana: 69,1 Galeria de pinturas e esculturas II: 67,2
2. Whitney Museum of American Art (novo, sem dados de público) Lobby: 70,1 5º andar: 71,6 8º andar: 70,7
3. Solomon R. Guggenheim Museum (1 milhão de visitantes em 2014) Átrio: 74,7 Topo da rampa: 77,3 Último andar com a retrospectiva de Doris Salcedo: 56,7
4. Metropolitan Museum of Art (6,16 milhões de visitantes em 2013-2014) Átrio: 77,6 Exposição de Sargent: 61,6 Galerias Família Koç: 52,8
5. Frick (cerca de 300 mil visitantes em 2014) Lobby: 63,6 Exposição do quadro "Flaming June", de Leighton: 60,4 Hall de entrada: 54,3
Existe uma maneira de atenuar o ruído? Além de modificar os ruídos provenientes dos sistemas mecânicos ou o isolamento acústico das janelas, Fierstein diz que não. "Sempre é possível colocar um cartaz que diga: 'Silêncio, por favor'", diz ele.
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