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Estado Islâmico destruiu templo mais importante de Palmira, diz ONU

AFP PHOTO / UNITAR-UNOSAT / AIRBUS DS / URTHECAST
Imagem: AFP PHOTO / UNITAR-UNOSAT / AIRBUS DS / URTHECAST

Do UOL, em São Paulo

31/08/2015 19h15

Imagens de satélite confirmam que o templo de Bel, o mais importante do sítio arqueológico da cidade de Palmira, na Síria, foi destruído pelo Estado Islâmico, afirmou a ONU nesta segunda-feira (31).

"Podemos confirmar a destruição do principal prédio do templo de Bel, além de várias colunas em suas imediações", informou o Instituto das Nações Unidas para Formação Profissional e Pesquisas (UNITAR), que comparou imagens obtidas antes e depois da forte explosão registrada nesta segunda-feira.

No domingo, o Observatório Sírio de Direitos humanos (OSDH) anunciou que o grupo Estado Islâmico havia dinamitado uma parte do templo de Bel. As imagens confirmaram a destruição total do estrutura do edifício, considerado patrimônio da humanidade.

Este é o segundo templo de Palmira que os extremistas atacam em agosto, após tomarem o controle total da cidade arqueológica em maio. O EI destruiu o histórico templo de Baal, de dois mil anos, em 23 de agosto, utilizando uma enorme quantidade de explosivos no monumento, que ficava a poucas dezenas de metros do teatro romano.

O templo de Bel, conhecido como a "pérola do deserto", era o templo mais impressionante de Palmira. Sua construção teve início no ano 32 d.C e levou mais de um século para ser concluída.

Palmira, cujas ruínas grecorromanas fazem parte da lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco, é considerada uma relíquia única do século I a.C. e uma peça professoral da arquitetura e do urbanismo romano pelas colunas de sua famosa rua principal e por seus templosl.

Esta cidade foi nos séculos I e II d.C. um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas da Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria. (Com agências internacionais)