Motorista do Uber é preso sob suspeita de ter matado seis pessoas em Michigan
Um homem foi preso pela acusação de ter matado seis pessoas e deixado uma gravemente ferida em Kalamazoo, no Estado de Michigan, no norte dos Estados Unidos, na noite de sábado (20). Jason Brian Dalton, 45, é motorista do serviço de transporte de passageiros Uber. A polícia investiga se ele transportou passageiros durante os crimes, que ocorreram em três locais diferentes, num intervalo de quatro horas.
A Uber confirmou que ele era motorista da empresa e se disse "horrorizada e de coração partido com a violência sem sentido" do homem, se colocando à disposição para ajudar nas investigações. A empresa afirmou que ele teve seus antecedentes checados e não tinha cometido crimes, informação confirmada pela polícia.
Matt Mellen, morador de Kalamazoo, afirmou à emissora WWMT que foi passageiro de Dalton horas antes do início dos ataques, e que o homem parecia instável, dirigindo de forma perigosa. "Ele dirigiu sobre a calçada, sobre a grama, correndo muito. Quando ele parou, pulei do carro e corri", disse Mellen.
"Ele não parava. Ele apenas olhava para mim, dizendo 'não quer chegar à casa do seu amigo?', e eu respondi 'quero chegar lá vivo'", completou. Ele disse ter ligado para a polícia e avisado sua noiva, que colocou uma foto de Dalton no Facebook, alertando sobre o motorista.
Ele foi detido à 0h40, horário local, deste domingo. O primeiro ataque ocorreu às 18h, quando Dalton abriu fogo contra uma mulher que estava junto de seus três filhos no exterior de um complexo de apartamentos. Ela ficou gravemente ferida, mas deve sobreviver, segundo a polícia.
O segundo tiroteio foi às 22h locais, quando o atirador matou um jovem de 18 anos e um adulto em uma concessionária de automóveis. Por último, cerca de 15 minutos depois, matou mais quatro pessoas em um restaurante. Alguns vídeos na concessionária e no restaurante ajudaram sua detenção.
"Pior pesadelo"
"Parece que o que temos é alguém dirigindo por aí, encontrando com pessoas as quais dispara para matar", disse o sub-chefe da polícia de Kalamazoo, Paul Matyas, ao canal 24 Hours News 8, afiliado à CNN. "Este é o pior pesadelo, quando tem alguém armado disparando e matando pessoas ao acaso", completou.
Segundo o procurador do condado de Kalamazoo, Jeff Getting, "não há razões para acreditar" que havia mais pessoas envolvidas no crime, informou Getting. Ainda não há informações sobre as motivações do agressor, que dirigia um carro Chevrolet azul. As vítimas não parecem ter ligação entre si, de acordo com a polícia.
A polícia encontrou uma arma semi-automática e "provas adicionais" no veículo, informou o procurador.
Ataques constantes
Os tiroteios de Kalamazoo, condado de 76.000 habitantes, se somam a uma série de incidentes similares cada vez mais frequentes nos Estados Unidos, onde as armas são de fácil acesso e seu porte está amparado na Segunda Emenda da Constituição.
Entre os casos recentes está o ataque de San Bernardino em dezembro passado, com 14 mortos e 22 feridos; além do massacre da escola de Sandy Hook, em dezembro de 2012, que matou 20 crianças e seis adultos.
O presidente americano, Barack Obama, declarou em 1º de janeiro que uma de suas principais metas para este ano seria lutar contra a "epidemia" das armas, apesar do bloqueio do Congresso neste campo.
Os ataques com armas de fogo deixam 30.000 mortes por ano nos Estados Unidos, onde os tiroteios deste tipo estão aumentando.
De acordo com o site gunviolencearchive.org, em 2015 foram registrados 330 tiroteios em massa nos Estados Unidos, muito mais que no ano anterior (281). Os incidentes aconteceram em quase todo o país, tanto em cidades grandes quanto em pequenas. (Com AFP)
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