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Polícia encontra 'lista de pessoas a matar' na casa do atirador da UCLA

Do UOL, em São Paulo

02/06/2016 16h11

Mainak Sarkar, 38, que matou um professor na UCLA (Universidade da Califórnia), em Los Angeles, e depois se suicidou nesta quarta-feira (1º), deixou uma "lista de pessoas a matar", segundo revelou a polícia hoje.

Entre os alvos apareciam outro professor da universidade e uma mulher. Ela foi encontrada morta em casa, em Brooklyn Park, um subúrbio de Minneapolis (Estado de Minnesota), a 3.000 km de onde fica a UCLA.

De acordo com informações da rede de TV CNN, a mulher foi identificada como Ashley Hasti e teria sido mulher do atirador. Não está claro se eles ainda estavam casados quando os crimes aconteceram.

Autoridades no condado de Hennepin confirmaram que Hasti casou-se com Sarkar em junho de 2011, mas não disseram se era ela a mulher encontrada morta.

William Klug, professor morto na UCLA - Divulgação/UCLA - Divulgação/UCLA
William Klug, professor morto na UCLA
Imagem: Divulgação/UCLA

Sarkar era aluno de doutorado da Engenharia na UCLA. Esta informação foi divulgada nesta quinta-feira.

Ele atirou e matou William Klug, 39, professor de engenharia mecânica e aeroespacial, em um pequeno escritório da faculdade, no quarto andar, na manhã de ontem.

O chefe da polícia de Los Angeles, Charlie Beck, disse que foi encontrado um bilhete no local do crime pedindo a quem o encontrasse que cuidasse do gato do atirador em Minnesota. "Então, nós verificamos o gato em sua casa. Na realidade, nós fizemos uma busca em sua residência autorizada por um mandado", afirmou Beck. Foi assim que a lista foi encontrada.

A polícia de Los Angeles informou que eram citados na lista os nomes de Klug, da mulher e ainda de outro professor da UCLA, que não sofreu nenhum tipo de agressão, pois não estava no campus.

Sobre a localização do corpo da mulher, a porta-voz da polícia, Jane Kim, disse que policiais foram até a casa dela, a partir da lista, que fica perto da residência de Sarkar, e lá a encontraram morta com um tiro.

Segundo Beck, Sarkar dirigiu de Minnesota até Los Angeles com duas pistolas semiautomáticas e grande quantidade de munição, suficiente para ter causado "muito mais mortes".

O atirador chegou ao campus da UCLA, entrou no escritório de Klug e abriu fogo contra seu ex-professor.

Acredita-se que as armas foram compradas de forma legal em Minnesota.

Segundo a polícia, há meses Sarkar publicava mensagens de raiva em redes sociais contra o professor, a quem acusava de ter roubado dele um código de informática e de dá-lo a outra pessoa.

No dia 10 de março, Sarkar disse que o professor era "uma pessoa muito doente" e não confiável.

"William Klug, professor da UCLA, não é o tipo de pessoa que você imagina quando pensa em um professor. É uma pessoa muito doente. Aviso a cada novo estudante que venha à UCLA que permaneça longe deste sujeito", escreveu o ex-aluno, segundo o jornal "Los Angeles Times".

"Ele me fez ficar muito doente. Seu inimigo é meu inimigo. Mas seu amigo pode lhe causar muito mais prejuízo. Tenha cuidado em quem confia", afirmou.

Uma fonte citada pelo "Los Angeles Times" afirma que as alegações de Sarkar contra Klug eram "absolutamente falsas" e que este último era uma boa pessoa, pai de duas crianças.

A fonte disse também que Klug ajudou Sarkar em 2013 a terminar sua monografia de graduação, apesar de seu trabalho ser avaliado como regular. 

O incidente na UCLA provocou o fechamento total da universidade ontem e uma mobilização maciça das forças de segurança no campus, diante do medo de que mais pessoas pudessem ser atingidas. O campus tem cerca de 43 mil estudantes. (com agências internacionais)