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EI chama agressor de Ohio de 'soldado'; polícia diz não haver evidência de ligação

Abdul Razak Ali Artan, imigrante somali que atacou pessoas na Ohio State University - Kevin Stankiewicz/TheLantern.com via AP
Abdul Razak Ali Artan, imigrante somali que atacou pessoas na Ohio State University Imagem: Kevin Stankiewicz/TheLantern.com via AP

Do UOL, em São Paulo

29/11/2016 19h49

O imigrante somali que jogou o carro contra pedestres na Ohio State University e atacou outras pessoas com uma faca de açougueiro pode ter seguido o mesmo caminho de autorradicalização do de militantes de outros ataques do padrão “lobo solitário”, disseram autoridades norte-americanas nesta terça-feira (29).

Investigadores estão examinando o histórico de Abdul Razak Ali Artan, de 18 anos, um dia depois de ele ter ferido onze pessoas no ataque no campus em Columbus onde era estudante. Ele foi morto a tiros momentos depois por um policial. A polícia não apontou os motivos para o ataque.

Também nesta terça, o grupo Estado Islâmico divulgou que Abdul Razak Ali Artan, de 18 anos, era um "soldado" do grupo que atendeu "a um chamado para atacar cidadãos dos países que fazem parte da coalizão internacional [que ataca o grupo na Síria]". Em outros ataques ocorridos nos Estados Unidos, o Estado Islâmico divulgou comunicados semelhantes, procurando estabelecer uma relação entre o grupo e o agressor.

Até agora, os investigadores do ataque em Ohio disseram não ter evidências que ligam Artan a outros militantes, células ou grupos conhecidos, segundo duas autoridades federais de segurança informaram à agência Reuters em condição de anonimato.

As ações de Artan seguem o chamado padrão “lobo solitário” de ataques militantes nos EUA, como o do atirador que matou 49 pessoas numa boate em Orlando, na Flórida, em junho, e o do homem que matou quatro fuzileiros e um marinheiro numa ação a tiros em Chattanooga, no Tennessee, no ano passado, disseram as autoridades.

Os agressores nesses dois ataques eram muçulmanos, assim como Artan, e foram mortos pela polícia.

Investigadores examinam uma mensagem que, acredita-se, foi publicada no Facebook por Artan e que contém declarações fortes a respeito de estar “farto e cansado” de ver muçulmanos mortos e de se aproximar de um “ponto de ebulição”, disse uma fonte das forças de segurança.

Artan, que nasceu na Somália, era um residente legal e permanente dos EUA e chegou ao país em 2014, disse uma autoridade federal, que também pediu o anonimato. (Com Reuters)