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Atentado com carro-bomba deixa pelo menos 39 mortos em Bagdá

2017 será 'ano de vitória contra terrorismo', diz presidente francês

AFP

Do UOL, em São Paulo

02/01/2017 09h40

Um atentado com carro bomba deixou pelo menos 39 mortes e dezenas de feridos em um bairro xiita de Bagdá, nesta segunda-feira (2), segundo a rede Al Jazeera. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.

As vítimas do atentado são em sua maioria trabalhadores que esperavam para ser contratados em uma praça de Cidade Sadr, um bairro situado no nordeste de Bagdá.

O carro explodiu pouco antes do meio-dia no horário local (7h de Brasília), e também causou danos em vários veículos e edifícios próximos.

No site Amaq, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela explosão e disse que a "operação de martírio" deixou pelo menos 40 mortos.

No sábado (31), véspera de Ano Novo, um duplo atentado reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) em um mercado movimentado do centro da cidade deixou 27 mortos e dezenas de feridos.

O ataque desta segunda-feira ocorreu no dia da visita a Bagdá do presidente francês, François Hollande.

O Iraque é palco frequente de atentados com bomba. O EI perdeu boa parte dos territórios que conquistou em 2014, mas conserva seu reduto de Mossul, no norte do país, que o exército iraquiano tenta tomar.

A visita de Hollande tem como motivo principal a ofensiva contra o grupo terrorista, na qual a França participa com tropas, carros de combate e aviões.

"Vitória contra o terrorismo"

Hollande disse a soldados franceses no Iraque que espera por "um ano de vitória contra o terrorismo".

O socialista Hollande, cujo país sofreu uma série de ataques de militantes nos últimos dois anos, disse que os soldados servindo sob uma coalizão liderada pelos Estados Unidos estavam evitando mais assassinatos em massa em casa. 

"Tudo que contribua para a reconstrução do Iraque é um passo adicional para evitar ataques do Daesh em nosso território", disse Hollande, utilizando o acrônimo árabe para o grupo Estado Islâmico.

Hollande tem visto sua popularidade despencar desde que assumiu o governo francês, em meio a frustrações com a forma como lida com a economia e com a segurança nacional. Ele disse que não concorrerá nas eleições presidenciais deste ano.

O presidente francês viaja ainda nesta segunda-feira para a cidade curda de Erbil, onde a França entregará cerca de 38 toneladas de ajuda humanitária, incluindo remédios, disseram autoridades. (Com as agências internacionais)