Impasse com EUA impede declaração final de G7 sobre clima
Um impasse com o governo de Donald Trump impediu que os líderes do G7 reunidos em Taormina, na Itália, chegassem a uma declaração comum sobre as mudanças climáticas, neste sábado (27).
"Os Estados Unidos estão em processo de revisão de suas políticas sobre as mudanças climáticas e sobre o Acordo de Paris. Por isso, não estão em condições de se unirem à declaração", ressaltou o comunicado oficial do G7, assinado apenas por Canadá, Itália, França, Alemanha, Reino Unido e Japão.
Os outros seis países, por sua vez, reafirmaram seus compromissos de implantarem o mais rápido possível o Acordo de Paris (COP21), alcançado em 2015 e considerado o maior tratado mundial com grandes potências para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera.
Desde que tomou posse, em janeiro, Trump decidiu colocar em revisão a participação dos EUA no Acordo de Paris, que tinha sido assinado por seu antecessor, Barack Obama.
O magnata republicano chegou a comentar em diversas ocasiões que o aquecimento global era uma "invenção" e que as políticas de proteção ao meio ambiente comprometiam o crescimento econômico e industrial.
No Twitter, Donald Trump prometeu que decidirá sobre o Acordo de Paris na próxima semana. Portanto, o G7 aceitou dar "mais tempo'" para os EUA refletirem sobre o tema.
A opinião de Trump entrou em choque com a posição dos outros países do G7, principalmente com a chanceler alemã, Angela Merkel, que confessou que a discussão sobre os acordos climáticos foram "muito insatisfatórias".
"Apesar dos seis países assinarem o Acordo de Paris, não há sinais, até agora, de que os EUA cumpriram o tratado ou não", comentou Merkel. "Isso significa que não há uma base comum para este importante acordo internacional".
O tema deverá voltar para a mesa de discussões no encontro do G20, em julho, na Alemanha.
"Decidimos que seis, dos sete membros do G7, deveriam confirmar seu compromisso com o Acordo de Paris. Os EUA ainda estão em fase de revisão e eu espero que essa fase se conclua rapidamente e bem", afirmou o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, anfitrião da cúpula em Taormina, na Sicília.
"Não é a formulação ideal para nós, nem é um texto único que reconhece a reflexão em curso nos EUA e o compromisso político dos outros seis países", comentaram fontes do governo francês.
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