Reino Unido reduz alerta de terrorismo de "crítico" para "severo"
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou neste sábado (27) a redução do nível de alerta de terrorismo no país de "crítico" para severo", indicando um risco possível, mas não iminente de ataques terroristas. Ela afirmou, porém, que o Reino Unido deve manter-se em alerta.
O nível havia subido para "crítico" após o ataque terrorista em Manchester. Desde então, a polícia britânica fez diversas prisões, identificou o suposto autor do ataque, Salman Abedi, e acredita ter desmantelado a rede por trás dele.
Pouco antes do anúncio, a polícia esvaziou e interditou uma área de Manchester em buscas relacionadas ao ataque que matou 22 pessoas após show da cantora Ariana Grande. Segundo a polícia, trata-se de uma medida preventiva para "garantir a segurança de todos".
A polícia britânica interrogou ainda neste sábado 11 suspeitos relacionados com o atentado, após ter detido outros dois homens de 20 e 22 anos, respectivamente, nesta madrugada.
Entre esses suspeitos se encontra o irmão mais velho de Abedi, Ismail Abedi, de 23 anos, detido na terça-feira em um bairro nos arredores de Manchester. Um menino de 16 anos e uma mulher de 34 detidos inicialmente foram postos em liberdade sem acusações.
O pai é suspeito de ter pertencido ao Grupo Islâmico de Combate Líbio (LIFG), uma organização vinculada à rede Al Qaeda que participou da revolução contra o ditador Muammar Gaddafiem 2011 e cujos alguns militantes supostamente viveram durante anos refugiados no Reino Unido.
O alerta de terror havia sido classificado como "crítico" somente em duas outras ocasiões no país. A primeira foi em 2006, após a revelação de um plano para explodir aviões durante a travessia do Atlântico; a segunda vez foi no ano seguinte, depois de um ataque no aeroporto de Glasgow, na Escócia.
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