Mais alta autoridade da Igreja Católica da Austrália é indiciada por abuso sexual
O cardeal George Pell, 76, a mais alta autoridade da Igreja Católica da Austrália e o número 3 do Vaticano, foi indiciado nesta quarta-feira (28) por autoridades do Estado australiano de Victoria por "múltiplos abusos sexuais".
"Eu gostaria de reafirmar minha inocência", disse o cardeal, diante da divulgação de seu indiciamento. Pell é conselheiro financeiro do papa Francisco e vive no Vaticano.
Segundo o Comissariado de Polícia do Estado de Victoria, o cardeal foi convocado para comparecer a uma corte em Melbourne em 18 de julho para responder a "ofensas históricas" (ocorridas ao longo de vários anos).
As acusações contra Pell aparecem no estágio final de um longo inquérito nacional sobre respostas institucionais à pedofilia, determinado pelo governo em 2012.
“Mantenho tudo o que disse à comissão [sobre pedofilia] e em outros lugares. Temos de respeitar o direito ao devido processo, esperar até que seja concluído, e obviamente eu vou continuar colaborando totalmente", afirmou ainda o cardeal, segundo o jornal britânico "The Guardian".
Questionado sobre se estaria disposto a ir para a Austrália, respondeu apenas que irá "colaborar totalmente".
Segundo o "Guardian", no ano passado Pell citou problemas de saúde e se recusou a ir para a Austrália para prestar depoimentos, fazendo-o por videoconferência, em Roma. Em outubro, ele foi entrevistado por policiais australianos em Roma sobre os supostos casos de abuso sexual.
Pell tornou-se cardeal em 2003; foi cardeal auxiliar de Melbourne de 1987 a 1996, arcebispo de Melbourne de 1996 a 2001 e arcebispo de Sydney de 2001 a 2014. Desde 2014, ele é encarregado das Finanças do Vaticano.
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