Trump diz que "todas as opções estão sobre a mesa" para a Coreia do Norte
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (29) que todas as opções estão sobre a mesa para responder à Coreia do Norte, depois que Pyongyang lançou um míssil balístico que atravessou o Japão.
"O mundo recebeu a mais recente mensagem da Coreia do Norte em alto e bom som: esse regime sinalizou seu desprezo por seus vizinhos, por todos os membros da ONU e pelos padrões mínimos aceitáveis para comportamento internacional", disse Trump, em comunicado divulgado pela Casa Branca.
"Ações ameaçadoras e desestabilizadoras só aumentam o isolamento do regime da Coreia do Norte na região e entre todas as nações do mundo. Todas as opções estão sobre a mesa", disse Trump.
A Coreia do Norte lançou nesta terça-feira, 29 (noite de segunda-feira no horário de Brasília), um míssil balístico que sobrevoou o Japão, intensificando a tensão na região devido ao programa militar de Pyongyang e provocando uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
Este é o primeiro projétil norte-coreano a sobrevoar o território japonês em vários anos, e o lançamento ocorre depois de Pyongyang te testado, em julho, dois mísseis balísticos intercontinentais.
O míssil norte-coreano "é uma ameaça grave e sem precedentes", disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Após o teste norte-coreano, o premier japonês e o presidente americano, Donald Trump, acertaram "aumentar a pressão" sobre o regime de Pyongyang e solicitaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
"O presidente Trump expressou claramente seu compromisso de que os Estados Unidos estão 100% ao lado do Japão", disse Abe, após uma conversa de cerca de 40 minutos por telefone com o líder americano.
Trata-se, de acordo com o premiê japonês, de uma "ameaça grave e sem precedentes".
A pedido de Trump e de Abe, o Conselho de Segurança fará a reunião nesta terça-feira.
O "míssil balístico não identificado" foi lançado de Pyongyang às 5h57 de terça-feira, hora local (17h57 de segunda, horário de Brasília), segundo comunicado do Estado-Maior sul-coreano, assegurando que o projétil se dirigiu para o leste e passou "por cima do Japão".
O míssil percorreu 2.700 km, alcançando uma atitude máxima de 550 km, segundo os comandos militares sul-coreanos.
O tiro provocou alarme no arquipélago japonês. As sirenes de alerta tocaram em todas as localidades situadas na trajetória do míssil, que sobrevoou o território japonês durante dois minutos antes de cair no mar. O tráfego ferroviário foi temporariamente suspenso.
Uma escalada
Os três mísseis lançados no sábado não representaram uma ameaça, segundo um porta-voz do Exército americano no Pacífico. Um deles explodiu no ar quase imediatamente depois do lançamento.
Já o lançamento desta terça-feira representa uma escalada significativa da parte de Pyongyang. No começo deste mês, os norte-coreanos haviam ameaçado disparar mísseis na direção da ilha de Guam, uma importante base americana, situada a 3.500 km da Coreia do Norte.
Um ataque desse tipo teria de passar necessariamente sobre o arquipélago japonês.
Em 2009, um foguete norte-coreano sobrevoou o território japonês sem causar incidentes, mas provocando o protesto imediato do governo de Tóquio.
Na ocasião, Pyongyang se justificou, assegurando que se tratava de um satélite de telecomunicações, mas Washington, Seul e Tóquio acreditam que foi um teste para desenvolver mísseis intercontinentais (ICBM).
Este mês, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, havia-se distanciado do plano de atingir o território de Guam e disse que poderia esperar. Ele advertiu que, para isso, era "necessário que os Estados Unidos fizessem a opção certa".
Pyongyang realizou dois testes de mísseis balísticos intercontinentais em julho, que parecem ter colocado ao seu alcance boa parte do território de Estados Unidos. A esse movimento, o presidente Donald Trump reagiu, alertando que Washington poderia responder com "fogo e fúria".
Pyongyang avançou rapidamente em sua tecnologia militar, com um programa que rendeu ao país o endurecimento das sanções impostas pela ONU.
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