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Polícia eleva para 59 o número de mortos em Las Vegas; atirador tinha explosivos em casa

David Becker/Getty Images/AFP
Imagem: David Becker/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

02/10/2017 19h14Atualizada em 02/10/2017 20h54

A polícia elevou para 59 o número de mortos no atentado contra o público de um festival de música na cidade de Las Vegas, nos EUA. Outras 527 pessoas ficaram feridas quando um atirador, Stephen Paddock, 64, abriu fogo do 32º andar de um hotel. O número de mortos no ataque deve aumentar.

Policiais ainda confirmaram ainda que foram encontradas 18 armas de fogo, explosivos e milhares de balas nas buscas na casa do contador aposentado, situada em Mesquite, norte de Las Vegas. Segundo o xerife Joseph Lombardo, o atirador tinha nitrato de amônio em seu veículo no cassino, substância que pode ser usada em explosivos. Equipamentos eletrônicos foram levados para perícia. Segundo ele, foram encontradas 17 armas no quarto usado por Paddock para abrir fogo na multidão.

Autoridades não entraram em detalhes sobre a gravidade dos feridos, afirmando apenas que há vítimas feridas por balas, estilhaços, pisoteadas e por tentar deixar o local pulando as cercas da área. Os mortos ainda estão em processo de identificação.

Ainda não há informações sobre a motivação do crime.

Lombardo disse que os investigadores estão focados em quatro cenários principais do crime: o quarto no hotel Mandalay Bay, o local do show, a casa de Paddock na cidade de Mesquite e outra residência que ele tinha no norte do Estado de Nevada.

Paddock foi encontrado morto em uma suíte do 32º andar do Mandalay Bay Resort e Cassino. Autoridades confirmaram que estava em uma suíte com dois quartos --ele usou duas janelas para abrir fogo.

O aposentado de 64 anos morava com sua namorada, Marilou Danley, uma australiana de 62 anos --Lobardo disse que a mulher está em Tóquio neste momento, e a polícia quer ouvi-la para obter mais informações.

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Ao menos 22 mil pessoas assistiam ao show no centro de Las Vegas, durante o festival de música country de três dias chamado "Route 91 Harvest", quando começaram os disparos. "Pareciam fogos de artifício", comentou uma testemunha, Joe Pitz.

O cantor Jason Aldean, que conseguiu escapar, estava no local quando foram ouvidas as primeiras rajadas. Poucos segundos depois a música parou de tocar, segundo vários vídeos gravados por testemunhas.

Robert Hayes, um bombeiro de Los Angeles que estava vendo o show perto do palco, disse que primeiro pensou que os tiros fossem um barulho causado pelo mau funcionamento do equipamento, mas que logo se juntou aos socorristas. "Provavelmente declarei mortas de 15 a 20 pessoas", contou à Fox News. "Parecia uma cena de guerra".

Mesas e grades de metal viraram macas improvisadas, disse Hayes, que avalia que, com milhares de pessoas concentradas, Paddock "não precisava ser bom (de mira)" para produzir o massacre.