Pedestre que atravessar a rua de olho no celular pode tomar multa de até R$ 300 no Havaí
Honolulu, a capital do Havaí (EUA), implantou nesta semana a lei que proíbe que os pedestres atravessem as ruas da cidade olhando no celular, infração sujeita a multa. A medida, aprovada em julho, visa conter os atropelamentos e inclui smartphones, videogames e laptops.
A lei entra em vigor no dia 25 de outubro. Se for pego em flagrante pela polícia, o pedestre pode receber multas que variam entre US$ 15 (R$ 47) e US$ 35 (R$ 109) na primeira infração; de US$ 35 a US$ 75 (R$ 235) na reincidência, e até US$ 99 (R$ 310) no terceiro flagrante.
Segundo a "The Economist", o Havaí tem um dos mais altos índices de morte em atropelamentos no país e é a primeira grande cidade americana a proibir a chamada "caminhada distraída". De acordo com a publicação, 6.000 pedestres morreram atropelados nos Estados Unidos no ano passado; entre 2000 e 2011, telefones celulares foram apontados como responsáveis por 11 mil acidentes do tipo.
As pessoas ainda podem falar ao telefone enquanto atravessam a rua. Mas mexer no celular só será permitido nas calçadas. Pessoas que estiverem discando para serviços de emergência enquanto atravessam a rua também não serão multadas.
Antes de aprovar a lei, o prefeito de Honolulu, Kirk Caldwell lamentou a medida, mas disse que ela era necessária por causa da "falta de bom senso". "Temos a infeliz distinção de sermos uma cidade importante com mais pedestres atingidos nas travessias, particularmente nossos idosos, em números quase superiores ao de qualquer outra cidade na região", disse Caldwell.
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