Político suspeito de assédio sexual é encontrado morto no Reino Unido
Um ministro regional britânico suspeito de assédio sexual e envolvido no escândalo que atinge a classe política do país morreu poucos dias após renunciar, informou nesta terça-feira (7) a agência de notícias Press Association, que fala em suicídio. Segundo a polícia local, a morte não é tratada como suspeita.
Carl Sargeant, que era ministro das Comunidades e da Infância no governo regional do País de Gales, apresentou sua renúncia em 3 de novembro e foi suspenso do partido trabalhista, cujo líder Jeremy Corbyn se disse "muito chocado" pela notícia de sua morte, nesta terça no Twitter.
Um grupo de mulheres disse que Sargeant teria tido condutas pessoais inapropriadas.
Após as acusações, ele foi tirado de seu cargo no governo. Mais tarde, o governo galês confirmou que o desligamento de Sargeant estava relacionado com um "número de incidentes com mulheres".
Sargeant tinha 49 anos, era casado e tinha dois filhos, segundo o jornal Telegraph.
Em um comunicado, o ex-ministro afirmou que foi informado das acusações contra ele feitas pelo primeiro-ministro galês Carwyn Jones, sem que o conteúdo fosse esclarecido.
Ele também indicou que pediu por escrito ao secretário-geral do Labour do País de Gales "pedindo uma investigação independente e urgente sobre as acusações para que seu nome pudesse ser limpado".
Outro ministro britânico em escândalo
Na semana passada, o ministro da Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, renunciou ao cargo, após ser acusado de assédio por uma jornalista.
Fallon reconheceu o ocorrido e pediu desculpas por ter colocado a mão sobre o joelho da jornalista Julia Hartley-Brewer repetidamente durante um jantar em 2002.
É a primeira demissão de alto escalão após um crescente número de acusações de comportamento inapropriado feitas contra ministros e parlamentares, impulsionadas por acusações de abuso sexual contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein.
O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, pediu medidas aos partidos britânicos contra o assédio sexual após a revelação de que funcionárias do Parlamento estão preparando uma lista com acusações contra políticos e deputados.
"Diversas acusações sobre parlamentares foram reveladas nos últimos dias, incluindo uma sobre a minha conduta passada. Muitas delas resultaram falsas, mas eu aceito que no passado atuei abaixo dos padrões requeridos nas Forças Armadas que represento", afirmou Fallon em carta à primeira-ministra, a conservadora Theresa May, que viu a decisão com bons olhos.
"Aprecio a forma especialmente séria como considerou a sua posição e o particular exemplo que quer dar aos homens e mulheres militares e a outros", afirmou May.
Após o assédio à jornalista vir à tona, o agora ex-ministro disse, através de um porta-voz, que havia se desculpado com ela "havia 15 anos" e que ambos "consideram agora um assunto encerrado".
(Com agências internacionais)
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