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Trump defende professores armados e controle na compra de armas em reunião com vítimas de ataque

Carolyn Kaster/AP
Imagem: Carolyn Kaster/AP

Do UOL*, em São Paulo

21/02/2018 20h37

O presidente Donald Trump defendeu nesta quarta-feira (21) armar professores em escolas, assim como controlar a venda de armas, como formas de coibir ataques em massa nas instituições de ensino. As declarações foram feitas durante uma reunião televisionada na Casa Branca com estudantes sobreviventes de atiradores em escolas e seus pais, além de pais que perderam seus filhos em atentados do tipo. 

No encontro, alunos, mães e pais se revezaram ao microfone para expressarem suas opiniões sobre a questão. A conversa foi intermediada por Trump, que manifestava sua opinião pessoal entre falas e dizia considerar todos os pontos de vista - bastante diversos entre eles. 

Em um momento, o presidente disse pretender promover um controle mais rigoroso para a venda de armas --agenda defendida pela parcela mais progressista da sociedade. Em outro, Trump defendeu a possibilidade de armar professores --medida considerada mais radical. Ele voltou a destacar "problemas mentais" como principal causa para que ataques em escolas continuem acontecendo. 

"Se o técnico tivesse uma arma com ele, ele não teria que ter corrido. Ele teria atirado e esse seria o fim do ataque", disse, em referência a um professor de educação física que morreu salvando a vida de seus alunos. "Claro, essa seria uma medida adotada apenas para aqueles adeptos em carregar uma arma. [...] Eles passariam por treinamento especial, estariam presentes na escola e essa não seria uma 'zona sem armas'". 

Segundo o presidente, o fato de existir uma "zona sem armas" motiva pessoas a realizarem ataques do tipo. 

A proposta foi contrariada por um pai que perdeu a filha em 2012, no ataque à escola Sandy Hook, que deixou 28 mortos. Para ele, existir professores armados na escola não afastaria agressores que se matam após o ataque - como foi o caso em Sandy Hook e em outros anteriores. Além disso, defendeu o pai, professores já carregam inúmeras responsabilidades e "matar pessoas" não deveria ser uma delas. 

*(com agências de notícias)