Trump demite o secretário de Estado Rex Tillerson, e diretor da CIA assumirá o cargo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (13) que substituiu o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, pelo diretor da CIA, Mike Pompeo, acrescentando que Gina Haspel passará a liderar a agência de inteligência norte-americana.
A saída de Tillerson teria sido discutida em diversas ocasiões, segundo afirmam fontes da Casa Branca sob anonimato. O convite feito por Kim Jong-un para reunir-se com Trump e a possibilidade de dialogar com a Coreia do Norte teriam acelerado a decisão. Trump queria uma nova equipe no comando do diálogo com a Coreia do Norte e em outras negociações comerciais.
"Mike Pompeo, diretor da CIA, se tornará nosso novo secretário de Estado. Ele fará um trabalho fantástico! Obrigado a Rex Tillerson por seus serviços! Gina Haspel se tornará a nova diretora da CIA, e a primeira mulher a ser escolhida. Parabéns a todos!", disse Trump no Twitter.
"Rex e eu conversamos sobre isso por muito tempo. Nos demos bem por um período, mas discordávamos sobre muitas coisas. O acordo com o Irã achei que era terrível, ele achou que estava bem. Eu queria rompê-lo, ou fazer algo, ele sentia um pouco diferente. Então, realmente, não estávamos pensando do mesmo jeito", completou.
Pompeo ainda precisa ser aprovado pela Comissão do Senado dos EUA. Gina Haspel, vice-diretora da CIA, assumirá a liderança da agência no lugar de Pompeo e será a primeira mulher a assumir o cargo.
Tillerson tinha acabado de retornar de um giro pela África horas antes da demissão. Fontes ouvidas pela agência Associated Press sob anonimato afirmaram que Tillerson teria sido demitido na sexta-feira, quando estava na África, enquanto a rede americana NBC diz que ele foi informado sobre sua demissão pelo tuíte de Trump.
Segundo o subsecretário de Estado Steve Goldstein, Tillerson não teria falado com Trump e não saberia a razão pelo qual foi demitido. "O secretário não falou com o presidente esta manhã e não tem conhecimento do motivo, mas ele está grato pela oportunidade de servir e ainda acredita piamente que o serviço público é uma vocação nobre e não se arrepende de nada", declarou.
Atritos com Trump
O secretário de Estado tinha ressalvas quanto às conversas com Kim Jong-un. Tillerson e Trump divergiram com frequência sobre vários tópicos da política externa dos Estados Unidos. Relatos de estranhamentos entre os dois existiam desde outubro do ano passado.
O presidente criticou o secretário publicamente em diversas ocasiões, inclusive na segunda-feira, quando os comentários de Tillerson sobre a Rússia pareciam estar em desacordo com os da Casa Branca -- ele emitiu uma resposta muito mais forte do que a da Casa Branca sobre o envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido, nomeando a Rússia como suspeita, o que a porta-voz de Trump, Sarah Sanders, evitou.
Tillerson também pareceu não estar a par, na semana passada, quando Trump anunciou que iria se encontrar com o líder norte-coreano e se tornar o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a fazê-lo.
Em outubro, Tillerson foi obrigado a convocar uma entrevista coletiva aos jornalistas para negar boatos de que estaria pensando em deixar o posto --segundo a imprensa americana, ele teria chamado Trump de idiota depois de uma reunião no Pentágono.
Em nota, Pompeo agradeceu Trump pela oportunidade de servir como secretário de Estado. "A liderança de Trump tornou a América mais segura e estou ansioso para representá-lo e ao povo americano perante o resto do mundo para dar continuidade à prosperidade americana", afirmou.
Pompeo era congressista pelo Kansas e membro do movimento ultraconservador Tea Party antes de assumir o comando da CIA. (Com agências internacionais)
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