Rússia anuncia expulsão de 60 diplomatas americanos
A Rússia vai expulsar 60 diplomatas americanos e fechará o consulado dos Estados Unidos em São Petersburgo, medidas iguais às adotadas por Washington contra Moscou pelo caso do ex-espião russo Skripal, declarou nesta quinta-feira (29) o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.
As medidas adotadas por Moscou "incluem a expulsão do mesmo número de diplomatas e a retirada da acreditação do consulado geral dos Estados Unidos em São Petersburgo", no noroeste da Rússia, informou Lavrov em coletiva de imprensa.
O embaixador dos Estados Unidos em Moscou, John Huntsman, foi convocado na quinta-feira para ser comunicado das medidas de represália à decisão de seu país de expulsar diplomatas russos devido ao caso do envenenamento do ex-espião Skripal no Reino Unido.
Na última segunda-feira (26), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a expulsão de 60 diplomatas russos dos Estados Unidos e o fechamento do consulado da Rússia em Seattle. Com a medida, o governo russo ficará sem representação diplomática na costa oeste do país.
Além dos EUA, Canadá e países europeus anunciaram a expulsão de mais de 100 diplomatas russos em uma resposta coordenada em retaliação ao envenenamento do ex-espião.
A ação contra o governo russo representa o maior golpe contra as redes de inteligência russas no Ocidente desde a Guerra Fria. Em seus anúncios, os governos sugerem que os diplomatas estão envolvidos com espionagem.
O ex-espião russo, de 66 anos, e sua filha Yulia, de 33, permanecem internados desde que foram encontrados inconscientes, em 4 de março passado, num banco próximo a um parque na cidade de Salisbury. Autoridades de Londres comunicaram posteriormente que os dois tinham sido envenenados com um agente neurotóxico conhecido como "Novichok", fabricado na ex-União Soviética.
O ataque foi a primeira ofensiva de que se tem conhecimento com uso de toxina nervosa na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e Estados-membros do bloco concordaram em tomar medidas adicionais contra a Rússia. Moscou tem negado responsabilidade pelo ataque.
(Com agências internacionais)
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