Puigdemont desiste de ser presidente da Catalunha à distância e designa sucessor
O líder separatista da Catalunha, Carles Puigdemont, anunciou nesta quinta-feira (10) que desistiu de ser o presidente da região e nomeou um novato para sua sucessão. Ele pretendia presidir a região à distância - para os espanhóis, está foragido, acusado pela Justiça espanhola pelos crimes de rebelião e mau uso de dinheiro público, depois de tentar declara a independência catalã. Para os partidários da soberania catalã, ele está exilado na Alemanha.
"Nosso grupo propõe o camarada deputado (catalão) Quim Torra à presidência da Generalitat" da Catalunha, uma região rica do nordeste da Espanha, disse Puigdemont em um vídeo. O cargo de "presidente" é correspondente ao de governador de estado no Brasil e está previsto na legislação espanhola, que reconhece certo grau de autonomia à região.
O anúncio de Puigdemont acontece um dia depois de a Justiça espanhola barrar a sua reeleição, obrigando os independentistas a escolherem entre renunciar à candidatura de seu líder ou celebrar novas eleições. Eles têm maioria assegurada desde as eleições de dezembro, mas os candidatos apontados não puderam tomar posse. Puigdemont por estar fora do país, outros, por estarem presos, depois de se envolverem na tentativa de tornar a Catalunha um país independente da Espanha.
A escolha de Torra é chamada pela mídia catalã de "plano D" - já que os outros foram frustrados. Os catalães têm até 22 de maio para escolher novo presidente para a região, com base no resultado das últimas votações. Caso não haja consenso até lá, deverá ser convocada nova eleição.
Catalunha sob intervenção
O Tribunal Constitucional espanhol foi contra uma reforma legal do Parlamento catalão para permitir uma presidência a distância de Puigdemont, atualmente na Alemanha e pendente de um processo de extradição à Espanha.
O grupo parlamentar do líder separatista, Juntos por Catalunha, havia anunciado no sábado que tentaria dar posse a Puigdemont em 14 de maio, cumprindo a promessa eleitoral de lhe devolver a presidência da qual foi cassado no final de outubro pelo governo central após a fracassada declaração de independência. Atualmente, a Catalunha está sob intervenção do governo central, em Madri.
A oposição na Catalunha e o governo central os acusam de escolher deliberadamente candidatos que não podem tomar posse.
"Nem o Estado, nem o governo, nem os juízes, nem esta câmara têm culpa de vocês serem incapazes de formar um governo", reprovou Mariano Rajoy, presidente espanhol, a um senador separatista durante um debate na câmara alta.
*Com informações da AFP e da EFE
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