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Landim: com julgamento marcado, Trump tem muito mais em jogo do que Kamala

O uso da retórica cada vez mais agressiva de Donald Trump na reta final das eleições americanas também ocorre por ele ter "muito mais em jogo" do que sua oponente Kamala Harris, afirmou a colunista Raquel Landim no UOL News desta segunda-feira (4).

Landim relembrou que já no dia 26 de novembro, Trump deverá saber o resultado de um julgamento — a tentativa da compra de silêncio de uma ex-atriz pornô antes das eleições de 2016. Ele já foi condenado, mas recorreu. Para a colunista, isso significa uma pressão extra sob os ombros do republicano.

Se Kamala Harris perde a eleição, ela segue o jogo, vai seguir a carreira política dela. Já Donald Trump tem muito mais em jogo, vamos colocar assim, com essa eleição do que Kamala Harris. [...] Ele tem um julgamento marcado três semanas após essa eleição, e ele pode inclusive ser ali condenado à prisão. Os advogados dele provavelmente vão argumentar sobre a idade, mas há precedentes, e ele tem um comportamento muito agressivo ali diante da Justiça, então isso não está descartado.

A colunista ainda lembrou que outros processos que correm contra Trump correm risco de interferência, já que ele pode ter acesso amplo ao Departamento de Justiça uma vez presidente. E, mesmo que seja preso, a Constituição americana não o impediria de governar.

Tem processos muito delicados correndo contra ele. Ele tem o processo por ter instigado o [ataque ao] Capitólio, por ter escondido documentos [confidenciais] sua casa em Mar del Lago, e ele tem ainda outro por ter incentivado a fraude no estado da Geórgia.

Se ele vencer, Trump terá debaixo do braço dele o Departamento de Justiça e todas as condições para manipular esse sistema de Justiça para não deixar que ele seja condenado. O Trump tem muito em jogo nessa eleição. Porque uma coisa é o tribunal condenar o candidato derrotado. Outra coisa é o tribunal condenar o presidente eleito.[...] Supondo que ele seja eleito e ainda assim a Justiça o condene, a Constituição americana não prevê restrição para um presidente preso. A gente vai se ver diante de uma situação nunca vista.
Raquel Landim

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