Mais de 2.000 brasileiros e 24 pets já foram resgatados do Líbano pela FAB
A FAB (Força Aérea Brasileira) já resgatou 2.072 brasileiros e 24 animais de estimação em um mês da operação de repatriação do Líbano.
O que aconteceu
Décimo voo com 213 resgatados e quatro pets decolou hoje de Beirute. Previsão da FAB é de que a aeronave KC-30 pouse na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP), na madrugada desta terça-feira (5).
Operação Raízes do Cedro completou um mês. Ação coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, em parceria com os Ministérios da Saúde e da Defesa, tem levado apoio humanitário e resgate em resposta ao agravamento do conflito no país.
Mais de 110 toneladas de suprimentos de saúde e alimentos já foram enviadas ao Líbano. Suprimentos foram enviados a pedido da Embaixada do Líbano, sem comprometer o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
A logística de repatriação envolve o uso de aeronave e de servidores da FAB. Segundo o governo federal, a comunidade brasileira no Líbano tem cerca de 20 mil pessoas, dos quais cerca de 3 mil manifestaram desejo de retornar ao Brasil. A operação supera as expectativas iniciais de repatriar cerca de 500 brasileiros por semana.
O Líbano sofre com os contínuos ataques aéreos de Israel contra áreas civis em Beirute, no sul e no Vale do Beqaa. Israel e o grupo Hezbollah do Líbano têm trocado tiros na fronteira desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro do ano passado, detonada após um ataque do grupo palestino Hamas, aliado do Hezbollah, e que controla Gaza. Na última semana, Israel intensificou sua campanha militar no Líbano.
No ano passado, o Brasil não conseguiu aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito envolvendo Israel e o Hamas. Na ocasião, o voto dos Estados Unidos, um membro permanente, inviabilizou a aprovação, mesmo após longa negociação da diplomacia brasileira.
Outras resoluções apresentadas também fracassaram. Segundo as regras do Conselho de Segurança, para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto. São eles: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.
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