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Avião que caiu em Cuba tinha quase 40 anos de uso; México divulga nomes da tripulação

Vinícius Casagrande

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/05/2018 17h10Atualizada em 19/05/2018 08h25

O avião que caiu logo após a decolagem do aeroporto de Havana (Cuba) nesta sexta-feira (18) é um Boeing 737-201 ADV, com 39 anos de fabricação. A aeronave pertence à companhia mexicana Damojh SA, razão social da empresa Global Air, e estava a serviço da Cubana de Aviación.

A Secretaria de Comunicação e Transportes do México divulgou o nome de cinco membros da tripulação, todos mexicanos. Jorge Luiz Núñez Santos é o capitão; Miguel Ángel  Arreola  Ramírez é o primeiro oficial; María Daniela Ríos é a chefe de cabina, e Abigail Hernández García e Beatríz Limón completam a lista. Não há informações sobre o estado de saúde dessas pessoas.

O órgão informou também os registros do voo e da aeronave: o código era DMJ0972, e a matrícula era XA-UHZ.

De acordo com esses registros, é possível saber que o avião passou por oito empresas aéreas antes de chegar à Global Air. O avião iniciou seus voos na companhia norte-americana Piedmont, em agosto de 1979.

Boeings 737 que voam no Brasil são mais modernos

A família Boeing 737 reúne os jatos comerciais mais vendidos da história. Em março, atingiu a marca de 10 mil unidades produzidas. O modelo realizou seu primeiro voo em 9 de abril de 1967. 

A mais recente é a geração 737 MAX, que começou a voar por no ano passado. No Brasil, a Gol é a principal operadora do Boeing 737. Mas a aérea brasileira conta com modelos mais modernos, da geração 737-800, que está duas gerações tecnológicas a frente da modelo do avião que caiu. A frota da companhia tem idade média de 9,5 anos. 

Segundo maior acidente da aviação de Cuba

O acidente desta sexta-feira com o Boeing 737-200 da Cubana de Aviación é o segundo pior da história de Cuba, em número de vítimas fatais. Até então, apenas um acidente aéreo havia causado a morte de mais de cem pessoas.

Foi em 3 de setembro de 1989, quando morreram 160 pessoas. A tragédia ocorreu em situação semelhante à desta sexta.

Na época, o avião modelo Ilyushin Il-62M caiu em uma zona residencial momentos depois de decolar do aeroporto internacional José Martí. A aeronave seguiria para Milão (Itália). Além dos 126 passageiros e tripulantes, morreram mais 34 pessoas que estavam em solo.

Fundada em 1929, a Cubana de Aviación tem um longo histórico de acidentes. São pelo menos 20 acidentes com vítimas fatais, que somam mais de 780 mortes.

A Boeing está ciente do ocorrido em Cuba e monitora a situação de perto.