Ilha que vai abrigar encontro de Trump e Kim já foi campo de concentração na 2ª Guerra
O palco da histórica reunião entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, agendada para a terça-feira (12), será um dos locais mais sofisticados de Singapura: a ilha de Sentosa.
A ilha será declarada "área de evento especial" entre 10 e 14 de junho, com rígidos controles de segurança. Só poderão entrar pessoas autorizadas.
O local é um grande destino turístico da Ásia e abriga parques de diversão, campos de golfe, museus, cassinos, resorts de luxo e praias. A ilha atrai 5 milhões de visitantes todos os anos em busca de aventura e diversão.
O nome do local, Sentosa, significa "paz e tranquilidade" e foi cuidadosamente escolhido em 1972 para mudar a imagem da ilha, cujo passado é violento. Antes, o local era conhecido como Pulau Belakang Mati, ou "ilha da morte que vem atrás".
Isso porque, na Segunda Guerra, o Japão utilizou o local como campo de concentração de prisioneiros britânicos e australianos. Nas famosas praias da ilha, os japoneses também assassinaram cidadãos de Singapura de origem chinesa.
A escolha de Sentosa para sediar o encontro de Trump e Kim faz sentido do ponto de vista da segurança. A ilha está localizada a apenas 15 minutos do centro de Singapura e oferece a privacidade necessária para a reunião.
Além disso, apenas uma estrada liga Sentosa à ilha principal de Singapura, e a rodovia pode ser facilmente fechada se necessário.
Armas, foguetes, alto-falantes, sistemas de som e faixas serão proibidos na zona especial, com a polícia autorizada a conduzir buscas em pessoas que entrarem na área.
"Agradecemos a nossos anfitriões singapurianos por sua hospitalidade", disse a porta-voz de Trump, Sarah Sanders, no Twitter.
O hotel
O hotel Capella, onde o encontro será realizado, já está sendo preparado. Na noite de terça-feira (5), funcionários pintavam a fachada no hotel, e seguranças extras já estão de prontidão no local.
Conhecido pelo serviço impecável, o hotel conta com dois prédios construídos por volta de 1880, para oficiais britânicos que moravam na ilha. Ao todo, o complexo tem 112 quartos e vai ficar fechado durante todo o período de reuniões entre os dois líderes.
Donald Trump não vai ficar hospedado no Capella, no entanto. O presidente americano deve se hospedar no não menos luxuoso hotel Shangri-La, no distrito de compras.
"Espero que o encontro em Singapura com a Coreia do Norte seja o início de algo grande. Veremos em breve", disse Trump em seu Twitter.
No local, são esperados mais de 3.000 jornalistas, que poderão usar uma grande sala de imprensa no edifício que abriga os boxes do Grande Prêmio de Singapura de Fórmula 1.
(Com agências internacionais)
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