Após posse de Maduro, OEA reconhece opositor venezuelano como presidente

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, manifestou apoio ao deputado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela nesta sexta-feira (11). Guaidó é de oposição a Nicolás Maduro, que assumiu novo mandato ontem, e preside Assembleia Nacional, de maioria opositora.
"Celebramos a posse de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, conforme o artigo 233 da Constituição política. Tem o nosso apoio, o da comunidade internacional e do povo da Venezuela", disse Almagro em uma postagem no Twitter, em que reproduzia o post da Assembleia Nacional venezuelana, dissolvida por Maduro em 2017 para retomar o controle do Congresso.
O post cita Guaidó e convoca novas eleições na Venezuela, com base nos artigos 133, 333 e 350 da Constituição do país.
Na véspera, a OEA declarou o novo mandato de Maduro, para o qual ele tomou posse, como ilegítimo. Em nota, a diplomacia brasileira também reafirmou seu "pleno apoio à Assembleia Nacional, órgão constitucional democraticamente eleito, ao qual neste momento incumbe a autoridade executiva na Venezuela, de acordo com o Tribunal Supremo de Justiça legítimo daquele país."
O deputado Juan Guaidó, 35, engenheiro e membro do Partido Vontade Popular, foi eleito como presidente da Assembleia Nacional no começo do mês. O partido foi fundado pelo político opositor atualmente preso Leopoldo López. As decisões do Parlamento venezuelano não são reconhecidas pelo Supremo Tribunal, alinhado ao governo chavista. Maduro considerou que o órgão desacatou a Justiça e passou a declarar nulos os seus atos, sem prestar contas aos deputados desde 2016.
Em discurso nessa sexta, Guaidó convocou a população para um grande protesto no próximo dia 23. "A Constituição me dá legitimidade para exercer o cargo de presidente da república para convocar eleições, mas preciso do apoio dos cidadãos para torná-las uma realidade."
Maduro foi eleito em maio uma eleição boicotada pela oposição. O país está mergulhado em uma grave crise política e socioeconômica que fez com que mais de 2,3 milhões de pessoas fugissem desde 2015, segundo a ONU. (Com agências internacionais)
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