Polícia nos EUA usa arma de choque contra homem com filho de 1 ano no colo
O vídeo de uma ação policial tem causado discussões nos Estados Unidos devido à abordagem dos agentes. Eles utilizaram uma arma de choque contra um homem negro que segurava seu filhinho de um ano no colo.
O Departamento de Polícia de Tempe, no Arizona, recebeu um chamado sobre violência doméstica. A mulher ligou para o serviço de emergência contando que seu marido havia chegado bêbado e a empurrado. Ela saiu da casa, mas avisou que seus filhos continuavam lá dentro.
Os policiais chegaram à casa de Ivaughn Oakry e perguntaram o que estava acontecendo, ele respondeu "nada". Os oficiais então entraram e apontaram uma arma de choque contra Oakry. Seus três filhos, que estavam na sala no momento da ação, começaram a gritar e o homem avisou que eles não tinham um mandado para entrar em sua casa.
Toda a ação é filmada pela câmera no uniforme de um dos policiais. Ele continua apontando a arma para Oakry e pede para que o homem coloque suas mãos para cima. O homem obedece, mas seu filho de um ano corre em sua direção e o pai o pega no colo.
Começa então um longa discussão em que o policial pede para que Oakry coloque a criança no chão, o que ele se recusa a fazer. Outros policiais entram na casa e uma delas retira as outras duas crianças - que continuavam gritando - da casa.
Quando viu que o homem não ia tirar a criança do colo, o policial faz outro disparo, fazendo Oakry e o bebê caírem em cima de sacolas de plástico. Uma policial corre e retira a criança de perto do homem, enquanto os policiais disparam a arma de choque outras vezes.
A chefe de polícia de Tempe, Sylvia Moir defendeu em coletiva de imprensa a ação dos policiais. "Essas crianças inocentes e sua mãe foram prejudicadas pelo suspeito e qualquer sugestão de que alguém, exceto esse suspeito, colocava elas em perigo é irresponsável", disse.
Porém, o advogado de Oakry, sua família e ativistas acusam a polícia de utilizar força excessiva e pedem que os envolvidos sejam responsabilizados. A advogada, Heather Hamel, disse em entrevista ao "The Washington Post" que o homem e seus filhos estão lidando com traumas emocionais e psicológicos pela abordagem.
Oakry foi preso acusado de agressão e abuso infantil, mas, segundo sua advogada, as acusações foram retiradas pelo Ministério Público de Tempe.
Ao Post, a polícia garantiu que a criança de 1 ano não se feriu e defendeu o uso da força não letal contra o pai. A advogada, no entanto, rebateu dizendo que, como a criança estava em contato com o corpo do pai na hora do disparo, a eletricidade também passaria para o seu corpo. Ela defendeu a atitude do pai.
"Eu não entregaria meu filho a pessoas que estivessem me ameaçando", disse ela. "Eu não sentiria que meu filho estava seguro com eles e não me sentiria segura fazendo isso."
Advogados do movimento Black Lives Matter de Phoenix pediram o "fim imediato de uso da força contra crianças" e exigiram a demissão dos policiais envolvidos no caso de Oakry.
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