Michael Bloomberg oficializa pré-candidatura à Casa Branca
O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg anunciou hoje que é candidato à indicação democrata para a eleição presidencial dos Estados Unidos em 2020.
"Sou candidato à presidência para derrotar Donald Trump e reconstruir a América", disse o bilionário de 77 anos em seu site.
O anúncio põe fim à especulação sobre as intenções de Bloomberg, que há semanas insinua sua intenção de concorrer às primárias do Partido Democrata, das quais o rival de Trump sairá para as eleições presidenciais.
"Não podemos suportar as ações imprudentes e antiéticas do presidente Trump por mais quatro anos", disse o ex-prefeito de Nova York. Ele comandou a cidade entre 2002 e 2013. "[Trump] representa uma ameaça existencial ao nosso país e aos nossos valores. Se vencer a presidência novamente, poderemos nunca mais nos recuperar dos danos", comentou.
"Se ele ganhar outro mandato, podemos nunca nos recuperar dos danos. Os sinais não podiam ser maiores. Temos que ganhar essas eleições. E temos que começar a reconstruir a América. Acredito que minha condição única com minha experiência em negócios, governo e filantropia me permitirá ganhar e liderar", acrescentou.
Com uma fortuna pessoal de US$ 50 bilhões, Bloomberg ingressa em uma disputa com outros 17 pré-candidatos, uma lista que tem o ex-vice-presidente Joe Biden liderando, segundo pesquisas, seguido por Elizabeth Warren, Bernie Sanders e Pete Buttigieg.
Documentos
Na última quinta-feira, Bloomberg apresentou à Comissão Federal Eleitoral a documentação necessária para se juntar à longa lista de pré-candidatos democratas que lutam para conseguir o posto de indicado pelo partido para disputar o pleito do ano que vem.
O comunicado enfatiza que Bloomberg não aceitará doações e financiará pessoalmente sua campanha, "como fez nas três vezes em que concorreu com sucesso a prefeito de Nova York", conclui o texto.
Nas últimas semanas, Bloomberg já tinha tomado medidas para aparecer nas cédulas das eleições primárias do partido em vários estados, mas até este domingo não tinha dado o passo para oficializar sua candidatura.
Bloomberg chega à disputa muito mais tarde que a grande maioria dos outros pré-candidatos para concorrer em alguns estados onde os prazos já foram encerrados e, a priori, está em desvantagem significativa em relação aos que fazem campanha há meses.
No último fim de semana, Bloomberg pediu desculpas pela polêmica prática policial de parar e revistar pedestres que foi adotada durante seu período como prefeito de Nova York e afetou desproporcionalmente afro-americanos e latinos.
Essa retratação foi então interpretada como um sinal de que ele oficializaria em breve a candidatura, o que agora tornou realidade.
O empresário, que antes de ser filiado ao Partido Democrata fez parte dos quadros do Republicano - de Trump - e também foi independente, oferece uma opção mais moderada aos eleitores democratas e compete, a rigor, com os candidatos da ala mais centrista da legenda, como Biden e Buttigieg.
(Com AFP, EFE e Ansa)
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